A hepatite B é uma doença infecciosa causada por vírus. Pode se desenvolver com ou sem sintomas, sendo responsável por muitos casos de cirrose hepática e câncer de fígado. Em 2012, o Espírito Santo registrou 486 casos confirmados de hepatite B. A transmissão da doença se dá por meio de contato com secreção ou sangue contaminado e muitos jovens se tornam sexualmente ativos sem o uso do preservativo e sem estarem vacinados. A imunização é uma forma eficaz de proteção. Teve o objetivo de identificar o coeficiente de incidência de Hepatite B por grupo proporcional por grupo de causas, no estado do Espírito Santo, no período de 2003 a 2012. Foi realizado estudo de série temporal, referente ao período de 2003 a 2012, a partir de dados secundários dos óbitos específicos por causas externas, disponibilizados pelo Sistema de Informações de Agravos de Notificação, livro de óbitos da Secretaria Municipal de Saúde, e os dados populacionais por ano, obtidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. No período de 2003 a 2012 foram registrados 538 casos, 100% pelo uso de drogas injetáveis, sendo que destes 275 foram homens e 263 mulheres. A maioria dos casos foi em pessoas com a raça parda, seguida da raça branca e preta (310, 115 e 106, respectivamente). Em relação a zona em que residem, 418 moram na zona urbana, 88 na zona rural, 24 na zona Peri urbana e 8 deixaram em branco ou ignoraram. Do total de casos, 20 eram de gestantes. De acordo com os dados, 52 casos foram de hepatite aguda, 34 casos foram de hepatite crônica, apenas 1 caso inconclusivo e 451 foram ignorados ou brancos. A maioria dos casos de Hepatite foi confirmada com cicatriz sorológica (451) e o restante (87) foi a partir de confirmação laboratorial. Com relação a escolaridade, a maioria tinha o ensino médio completo (124), seguido de ensino fundamental incompleto (101) e ensino fundamental completo (96). As faixas etárias mais acometidas foram de 20 a 39 anos e de 40 a 59 anos, com 248 e 246 casos, respectivamente. Nota-se que entre homens e mulheres, não há muita diferença no numero de casos, mas comparando entre raças, a preta prevalece e a grande parte dos portadores reside na área urbana. Pode ser feito campanhas de orientação e prevenção para reduzir esses casos como vacinação. Utilização de preservativos. E em relação aos casos de gestantes, o acompanhamento precisa ser maior, pois representa um risco para a criança na gravidez e no parto.