Compreendendo a complexidade das intervenções na saúde das mulheres indígenas, dadas as suas crenças e hábitos culturais e a importância desse papel para uma promoção efetiva de qualidade de vida dessa população feminina, este estudo tem por objetivo analisar o conhecimento científico produzido acerca da saúde das mulheres indígenas brasileiras, tendo como questão norteadora: Qual a tendência dos estudos produzidos sobre a saúde das mulheres indígenas? Metodologia: Trata-se de um estudo de revisão integrativa da literatura, na qual se utilizou como critérios de seleção artigos indexados nas bases de dados LILACS e SciELO onde obteve-se um total de 52 trabalhos encontrados. A seleção dos artigos deu-se através de instrumentos baseados em preceitos metodológicos e a amostra final foi constituída por 5 artigos, publicados entre os anos de 2000 e 2011. Resultados: Os estudos demonstram um enfoque predominante da saúde pública dentro de uma perspectiva biomédica e de risco. Evidenciou-se a influência cultural nos cuidados com a saúde e a carência de estudos que se aproximam das práticas culturais das mulheres indígenas e sua influência nos índices de saúde. Considerações Finais: Cada um dos cinco estudos discutidos apontou resultados interessantes, os quais poderiam ser ampliados e aprofundados por meio de pesquisas qualitativas que dessem vez e voz as índias e ainda, outras pesquisas poderiam ser pensadas para além do ciclo gravídico-puerperal ou programas de risco como câncer de colo e mama, incluindo perspectivas de gênero, sexualidade, entre outras. Espera-se que em um futuro próximo a integralidade na saúde das mulheres indígenas aproxime-se da teoria e que haja harmonia entre seus cuidados empíricos realizados pelas mulheres e os oferecidos dentro da perspectiva científica, para tanto, a investigação e a assistência devem andar juntas com um olhar ampliado e contextualizado à cultura da mulher indígena.