Introdução: O envelhecimento populacional tem se impulsionado no século XXI e adquire características peculiares em nosso país, no qual existe uma heterogeneidade na população idosa, sejam em termos etários, de gênero, socioeconômicas, conduzindo demandas diferenciadas. A tendência é o aumento do consumo por serviços de saúde, sociais e previdenciários. Dessa forma, fica implícita a necessidade dos profissionais realizarem ações que visem uma atenção à saúde adequada e digna, principalmente para a população idosa que vivencia um processo de envelhecimento marcado por doenças e agravos que impõe limitações a sua qualidade de vida. Objetivo: conhecer as ações e serviços prestados ao público idoso em Unidades Básicas de Saúde da Estratégia Saúde da Família (ESF) de Campina Grande ? PB. Metodologia: Fora utilizado um formulário semiestruturado de abordagem qualitativa e quantitativa direcionado a 77 enfermeiras da Estratégia Saúde da Família de Campina Grande. Trata-se de um estudo transversal, exploratório e descritivo. Resultados: Dentre os 77 profissionais 59,74% afirmam efetivar educação em saúde e 31,17% realizam visitas domiciliares. São realizadas atividades físicas com idosos em 14,29% das unidades da ESF avaliadas. Foi verificado que em 22% das UBSFs não se concretiza qualquer atividade específica direcionada ao público idoso e 12,99% descreve realizar apenas o atendimento clínico. Conclusão: A Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa (PNSPI) tem o intuito de modificar a realidade vivenciada pelo envelhecimento no Brasil, visualizando a experiência do envelhecer de maneira integral e não mais patológica. No entanto, pouco se tem realizado pela ESF para que essa política de fato seja implantada e modifique essa realidade, isso está caracterizado no número de ações que as mesmas realizam, e que verdadeiramente são direcionadas ao público idoso. Ações que representam tanto um espaço de educação em saúde como uma fonte de estímulo, facilitando a criação de vínculos entre profissionais de saúde e usuários. A inserção do idoso em atividades socioculturais é relevante para a manutenção da capacidade funcional, nesta fase da vida, quando os contatos interpessoais podem estar diminuindo. Dessa forma, a ESF, ocupa lugar de destaque, pois é um mecanismo indutor de equidade no cuidado em saúde e uma forma efetiva de se promover atendimento com resolutividade, participação social e qualidade de assistência.