INTRODUÇÃO: O uso de drogas é um fenômeno sociocultural complexo e o Ministério da Saúde (MS) considera um problema de saúde pública. Nesse sentido, o Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde (PRÓ-Saúde) e o Programa de Educação pelo Trabalho para Saúde (PET-Saúde) Rede de Atenção Psicossocial é uma iniciativa do MS e da Educação, desenvolvido no município de Santa Cruz-RN em parceria com a UFRN/FACISA, permitindo aos alunos de instituições de ensino superior maior aproximação com o serviço e a comunidade, a fim de desenvolver atividades que busquem a melhoria do ensino nesse tema e contribuir com ações de promoção da saúde, prevenção de agravos e redução de danos aos adictos. OBJETIVO: Relatar a experiência de alunas bolsistas e de preceptora do PRÓ/PET-Saúde acerca de rodas de conversa sobre álcool e outras drogas com os pacientes atendidos pela Unidade Básica de Saúde (UBS) do Centro, em Santa Cruz-RN. METODOLOGIA: Os agentes comunitários de saúde da Unidade foram orientados a convidar os usuários do serviço, divulgando e distribuindo panfletos contendo informações sobre rodas de conversa, fundamentadas na teoria da problematização, que aconteceram quinzenalmente na UBS, no mês de Maio de 2013. O público alvo foram as famílias que possuíam adictos de álcool e outras drogas. RESULTADOS: Após a divulgação as rodas de conversa iniciaram. Na primeira houve participação de 02 (dois) sujeitos e na segunda, apenas, de 01 (um). Inicialmente, abrimos espaço para que os participantes pudessem compartilhar sua experiência vivida no contexto em questão. Posteriormente, abordamos o assunto, buscando identificar o entendimento dos participantes acerca do tema. Ao final, realizamos uma dinâmica, denominada “dinâmica do espelho”, visando despertar para a valorização de si, isto é, encontrar-se consigo e com seus valores. CONCLUSÃO: Percebemos que o impacto que as drogas causam tanto na comunidade quanto no ambiente familiar é emocionalmente devastador, bem como reconhecemos a importância da família no tratamento do adicto. Entendemos ainda que muitos fatores contribuem para o desenvolvimento da dependência química, sendo a organização familiar e o apoio da comunidade fatores primordiais para tratamento do dependente e/ou redução de danos. Faz-se necessário, portanto, ações de prevenção do uso de álcool e outras drogas e sensibilização da comunidade para os efeitos deletérios no aspecto biopsicossocial e espiritual do indivíduo e da família.