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Anais - 16º CBCENF

Resumo

Título:
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DA ESQUISTOSSOMOSE NO BRASIL
Relatoria:
DIEGO DE SOUSA PONTES
Autores:
  • Levitemberg da Costa Almeida Moraes
  • Camilla Janne da Silva Bernardes
  • Jens Georg Neto
  • Ana Rita Martins Gomes
Modalidade:
Pôster
Área:
Cidadania, alienação e controle social
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO Os parâmetros epidemiológicos da esquistossomose tais como prevalência, intensidade de infecção e morbidade, variam, amplamente, mesmo dentro de uma região. Constitui-se um grande problema de saúde pública e está associada à pobreza e ao baixo desenvolvimento econômico que gera a necessidade de utilização de águas naturais contaminadas para o exercício da agricultura, trabalho doméstico e lazer; daí ser considerada uma doença negligenciada. OBJETIVO Identificar as características epidemiológicas das pessoas acometidas pela esquistossomose no Brasil por meio de revisão. MATERIAIS E MÉTODOS Para coleta de dados, o método utilizado foi levantamento bibliográfico através de busca eletrônica de artigos indexados nas bases de dados Scielo, ArXiv, BioMed, Google Scholar e MedLine; a partir dos descritores: esquistossomose, Schistosoma, epidemiology, Brasil. Foram utilizados os critérios de inclusão: periódicos como veículo de publicação; limite de tempo entre 1990 e 2011; idiomas em inglês e português. RESULTADOS Foram encontrados 24 artigos nas referidas bases de dados, publicados entre 1992 e 2011. Registraram-se estudos nas regiões Sudeste e Nordeste, sendo encontrada uma pesquisa no estado do Piauí. A predominância é sexo masculino, faixa etária de 20-29 e 10-15 anos, baixo nível de escolaridade, ocupação profissional ligado à propriedades rurais e renda mensal entre um e dois salários mínimos. A carga parasitária variou, em média, entre 21, 58 e 152 ovos por grama de fezes, estando esta correlacionada ao nível de escolaridade. Houve significativa diferença das formas clínicas entre crianças e adultos, onde o risco de adquirirem a forma hepatointestinal foi 8,85 vezes maior em crianças do que nos adultos. As condições sanitárias das moradias das pessoas infestadas eram as seguintes: não existia nenhum tipo de esgoto na área; não havia abastecimento de água encanada; nenhuma das casas tinha caixa d’água; a água utilizada para beber vinha das cacimbas. O tratamento que se davam às águas era: nenhum tratamento; coavam a água antes de beber; coavam e cloravam. As mais freqüentes razões para o contato com a água foram: banho, lazer, lavagem de roupa e pescaria. O lixo doméstico era jogado no fundo do quintal ou queimavam ou enterravam. CONCLUSÕES O perfil epidemiológico das pessoas acometidas pela esquistossomose é muito variável nas regiões brasileiras. Vários fatores estão relacionados à sua ocorrência, entre eles a exposição a águas contaminadas.