Anais - 16º CBCENF
Resumo
Título:
MORBIMORTALIDADE POR DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS E PARASITÁRIAS EM CRIANÇAS DE 1-3 ANOS NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
Relatoria:
JULIANA OLIVEIRA DAVEL
Autores:
- Sabrina Camisão Ribeiro
- Raone Silva Sacramento
- Larissa Ferreira Passos
- Grasielle Camisão Ribeiro
Modalidade:
Pôster
Área:
Cidadania, alienação e controle social
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Durante o século XX, a melhoria das condições da vida humana contribuiu para transformações da estrutura demográfica e para mudanças dos padrões de morbimortalidade, especialmente na infância. O desenvolvimento de serviços e obras públicas adequadas às condições socioambientais foram fatores de alta relevância para atender a população com o intuito de promover a saúde e prevenir doenças. Entretanto, ainda hoje é possível visualizar um número elevado de casos de morbimortalidade por doenças infecciosas e parasitárias, principalmente na população idosa e infantil. Identificar o número de internações hospitalares por doenças infecciosas em crianças de 1 a 3 anos, no estado do Espírito Santo. Realizado estudo de série temporal, referente ao período de 2008 a março de 2013, a partir de dados secundários, disponibilizados pelo Sistema de Informações de Agravos de Notificação. A taxa de mortalidade foi expressa por 100.000 habitantes. No período estudado ocorreram 14.184 internações por doenças infecciosas e parasitárias (DIP) em crianças de 0 a 4 anos, seguindo uma tendência decrescente no decorrer dos anos, o que correspondeu um gasto hospitalar de R$ 5.542.025,42, ou seja, 9,65% dos gastos de todas as outras faixas etárias. Além disso, foi registrado um total de 59.646 dias de internação, 72 óbitos e uma taxa de mortalidade de 0,51 por 100.000 habitantes. A partir dos dados obtidos, percebe-se que essa faixa etária ainda é muito acometida por DIP, o que gera um gasto exorbitante para o Sistema Único de Saúde (SUS), uma sobrecarga nos profissionais por essa faixa etária demandar cuidados especiais, e embora tenha sido relatado um número proporcionalmente baixo, ainda existem muitos óbitos por esta causa. Sendo assim concluímos que as DIP ainda são desafio para os serviços de saúde. A superação da situação de adoecimento por doenças infecciosas e parasitárias, encontrada principalmente nos primeiros anos de vida, depende do envolvimento da população na busca de novas estratégias e do reforço às posturas de luta e enfrentamento que sejam cientificamente respaldadas e apropriadas às condições materiais e sociais em que vivem. Portanto, percebemos que são necessárias novas estratégias de ação contra essas causas, que ainda constituem um grave problema de saúde pública, já que a maioria das mortes enquadradas nessa categoria poderia são evitáveis.