Anais - 16º CBCENF
Resumo
Título:
PRÁTICAS DE INTEGRALIDADE: ACOLHIMENTO E VÍNCULO NO CUIDADO PRESTADO A GESTANTE
Relatoria:
ROBERTA LIMA GONÇALVES
Autores:
- Maria Rejane Ferreira da Silva
- Alexsandra Xavier do Nascimento
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Acessibilidade e sustentabilidade no SUS
Tipo:
Dissertação
Resumo:
O acolhimento e o vínculo são atributos que permitem inferir a integralidade nas práticas dos profissionais de saúde. Tais características vêm sendo bastante estimulados nas políticas e programas do setor saúde, em busca de um atendimento de qualidade que seja norteado por parâmetros humanitários. Além disso, na Saúde da Mulher, especificamente no período gestacional, tenta-se com o acolhimento e vínculo, favorecer o resgate do protagonismo da mulher na sua gestação e da autonomia para decisões e escolhas. O objetivo desse estudo foi analisar as percepções dos profissionais de saúde sobre integralidade da assistência, especialmente no que se refere aos atributos de acolhimento e vínculo. Trata-se de uma pesquisa qualitativa de natureza exploratória. Os dados foram obtidos por meio de entrevistas semi-estruturadas, realizadas com 29 profissionais de saúde de Unidades de Saúde da Família do Recife. A análise dos resultados deu-se após a identificação de unidades temáticas para análise de conteúdo, no qual, emergiram quatro categorias empíricas: Olhar e enxergar o todo ou as partes, percepções sobre o acolhimento e relação de afetividade como geradora de vínculo. Na maioria das entrevistas os profissionais de saúde demonstraram utilizar-se da escuta e do diálogo para acolher as necessidades das gestantes e oferecer-lhes resolutividade. Entretanto, em poucos discursos observou-se um cuidado fragmentado a gestante, valorizando apenas os aspectos biológicos. O vínculo foi associado à relação afetiva que é criada e firmada nos encontros entre profissional e gestante. Nos discursos referentes à integralidade no cuidado no pré-natal, a maioria dos profissionais utiliza o momento do pré-natal, para assistir as gestantes em suas necessidades e poucos destes, tem uma visão limitada do termo. Evidenciou-se que, embora haja por parte da maioria dos profissionais uma valorização dos aspectos relacionais no cuidado a gestante e o incentivo governamental para que ocorra o acolhimento e vínculo nas práticas de saúde, a adesão destes atributos ainda não é explorada em todo o seu potencial para favorecer a reorientação do modelo assistencial na direção da integralidade do cuidado a gestante.