O Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento foi instituído pelo Ministério da Saúde (MS) através da Portaria/GM nº 569 de 1/6/2000, com o objetivo de assegurar melhoria do acesso, da cobertura e da qualidade do acompanhamento pré-natal, da assistência ao parto e puerpério às gestantes e aos recém-nascidos. A Enfermagem e a Medicina juntas devem prestar assistência à gestante durante a gravidez e no puerpério, seja ele imediato (até décimo dia após o parto) ou tardio (até 42 dias pós-parto), visando o bem estar e a saúde materno-infantil. Puerpério compreende ao período cronológico variável, impreciso, durante o qual ocorrem todas as modificações gerais e todas as manifestações involutivas e de recuperação da genitália materna no pós-parto. Neste período uma intervenção precoce permite avaliar as condições de saúde da mãe e do bebê, no que se refere à involução uterina, a decida e produção do leite, cuidados com a mama, incentivo ao aleitamento materno exclusivo, cuidados com o recém-nascido, entre outros. O presente estudo teve o objetivo de avaliar o índice de retorno à consulta puerperal no programa de Assistência Pré-Natal e a percepção das puérperas em relação a consulta de Enfermagem. Caracterizou-se por uma pesquisa quali-quantitativa de caráter descritivo exploratório. Foram entrevistadas 10 puérperas, posteriormente as falas transcritas e analisadas. Os resultados apontam índice de 24% de retorno das mesmas à consulta puerperal, com somente 12% do total das consultas realizadas pelo profissional enfermeiro. Conclui-se que há um baixo retorno à consulta puerperal, apesar de o número de consultas de enfermagem ser baixo as puérperas demonstram terem confiança e o reconhecimento em relação ao profissional enfermeiro. Aponta-se uma nova visão em relação ao atendimento e acolhimento desse profissional, a qual as pacientes relatam sentir-se mais à vontade para esclarecer suas dúvidas, e que tornam o vínculo com a enfermagem uma fase essencial para essa trajetória.