Anais - 16º CBCENF
Resumo
Título:
CUIDADO DE ENFERMAGEM À PACIENTE CIGANA ANTES E APÓS O PARTO NO BRASIL / PORTUGAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Relatoria:
ANNA KAROLINA GOMES DIAS
Autores:
- MARIA JOSÉ PINTO DE QUEIROZ FALCÃO NETA
- DANYELLA SANTANA SOUZA
- MARLUCE ALVES NUNES OLIVERIRA
Modalidade:
Pôster
Área:
Ética e Legislação em Enfermagem
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
INTRODUÇÃO: A ética na saúde norteia à conduta humana na sociedade através de valores e princípios morais. A Declaração Universal dos Direitos Humanos assegura no artigo I, que os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos e que são dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade. O centro obstétrico é um local que exige cuidado biopsicoespiritual a paciente antes e após o parto. Frente ao parto, a mesma pode sofrer problemas que venham a comprometer o seu estado de saúde, bem como o do feto. Dessa forma, faz-se necessário o cuidado dos profissionais de saúde com dignidade e respeito ao binômio mãe e filho. OBJETIVO: Refletir sobre o cuidado de enfermagem antes e após o parto em paciente cigana em hospitais públicos do Brasil e Portugal. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo qualitativo. Foi utilizada para coleta de dados a observação participante das alunas nos países Portugal e Brasil, durante o ano de 2013, através do cuidado a gestantes ciganas na prática das disciplinas Enfermagem na Saúde da Mulher, Criança e Adolescente II (Brasil) e Enfermagem de Saúde Materna e Obstetrícia I (Portugal). RESULTADOS: O estudo apontou que o cuidado desumanizado ocorre tanto no país do continente europeu quanto no país sul americano. As pacientes ciganas e os recém-nascidos não recebem uma assistência adequada, distanciando das boas práticas do cuidar, constituindo uma dicotomia entre teoria e prática do cuidado realizado no Brasil e em Portugal. CONSIDERAÇÕES FINAIS: As diferenças culturais, econômicas e políticas existentes entre os cenários serviram como bases no estudo. Percebe-se que essas condições afetam de maneira significativa as vivências durante as práticas na disciplina Saúde da Mulher, porém não deve exercer influência sobre o papel do enfermeiro, que visa prestar uma assistência de qualidade, valorizando a pessoa a quem presta o serviço e o respeito à mulher prestando o cuidado integral à saúde. A experiência possibilitou-nos a reflexão da atual prática da enfermagem nas unidades obstetrícias dos países. Infere-se que cresce a cada dia o número de estudos que priorizam a humanização do parto, no entanto, o que é percebido no cenário atual é o desrespeito à mulher antes e após o mesmo, bem como ao recém-nascido, indo de encontro ao que preconiza as normas que orientam as práticas profissionais dos enfermeiros no Brasil e em Portugal.