INTRODUÇÃO: A violência contra o idoso era vista no século XX como uma questão familiar, ganhou maior visibilidade para a sociedade a partir da regulamentação da Política Nacional do Idoso, da aprovação do Estatuto do Idoso e do Plano de Ação de Enfrentamento da Violência contra a Pessoa Idosa. Estas políticas preconizam a atenção integral à saúde dos idosos em todos os níveis de assistência. Atualmente, a sociedade possui vasto conhecimento sobre a violência sofrida pelo idoso, porém, continua sendo um dos grandes desafios a serem combatidos, principalmente pelo setor de saúde no que se refere à capacidade do profissional em prevenir, detectar e combater a ocorrência de violência, pois as pessoas idosas vítimas de maus-tratos buscam, muitas vezes, os serviços de saúde para tratar os danos causados pelas agressões. OBJETIVO: Revisar sistematicamente sobre as barreiras enfrentadas para a prevenção, detecção e combate da violência contra os idosos. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão sistemática a partir de artigos científicos do banco de dados da SCIENTIFIC ELETRONIC LIBRARY e da BIREME, realizada no mês de Junho de 2013, onde foram encontrados 198 artigos e excluídos os que não abordavam a temática estudada. RESULTADOS: Estudos demonstraram que a maioria dos casos de violência contra os idosos foi praticada por familiares e agregados, e por haver fortes relações de afeto, os episódios de violência não é denunciada, seja por constrangimento, medo de abandono, temor às punições ou retaliações por parte de seus agressores. Pesquisas também referiram que a maiorias dos profissionais da saúde não estão capacitados para a prática das políticas existentes contra a violência ao idoso, suspeição de violência e manejo de casos, contribuindo assim, com as dificuldades já existentes no processo resolutivo e enfrentamento desta problemática nos serviços de saúde. CONCLUSÃO: Conclui-se que as relações de parentesco existentes com o idoso, o temor de represálias por parte do cuidador e a falta da capacitação dos profissionais de saúde voltada a identificação e combate da violência ao idoso são destaques entre as barreiras identificadas. Sendo assim, tornando-se necessário a busca do profissional por capacitação e também a realização de sensibilização dos idosos para denunciar os maus-tratos, através de ações educativas que vise oferecer espaço para o diálogo, possibilitando uma reflexão pessoal sobre o tema em questão.