INTRODUÇÃO: As doenças infecciosas podem ser aquelas adquiridas no interior ou nas dependências do hospital e aquelas adquiridas fora das dependências hospitalares, ditas infecções adquiridas na comunidade. Uma importante bactéria responsável por uma ampla variedade de enfermidades é o Staphylococcus aureus, especialmente o resistente a meticilina(MRSA), relacionada principalmente com o ambiente hospitalar. As infecções causadas por MRSA associadas ou adquiridas na comunidade têm sido relatadas com grande freqüência em todo o mundo exaltando a importância de serem desenvolvidos estudos acerca disto. OBJETIVOS: Analisar publicações existentes sobre a incidência, prevalência e características epidemiológicas de infecções por MRSA adquiridas na comunidade. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão da literatura de estudos publicados no período de 2008 a 2012 nas bases de dados do Scienc Direct. Definiu-se como critérios de inclusão: artigos científicos completos sobre a temática, publicados em português, inglês e espanhol no período de 2008 a 2012. Foram encontrados 27 artigos dos quais 15 mostraram-se relevantes para o estudo. RESULTADOS: Na maioria dos artigos o CA-MRSA é tido como a principal causa de infecções da pele e tecidos moles em jovens previamente saudáveis e produz infecções leves da pele como furúnculos ou abscessos. Revelaram baixa prevalência variante geograficamente de CA-MRSA, mas alertam para um aumento da taxa de incidência. Em todos os artigos há uma concordância com relação às diferenças entre o MRSA adquirido na comunidade e o hospitalar na suscetibilidade a antibióticos e locais potenciais para a infecção. Embora muitos artigos tenham supostos fatores de riscos não houve unanimidade na determinação destes. Pesquisas mostraram que o CA-MRSA contém um perfil genético novo e diferente do hospitalar (HAMRSA), possuindo uma maior suscetibilidade aos antibióticos de longo espectro, como a clindamicina, tendendo a ser menos virulento. CONCLUSÃO: O CA-MRSA possui rápida evolução e se apresenta como um desafio em potencial para os profissionais da saúde. Assim, torna-se necessário a busca de novos conhecimentos a cerca da epidemiologia, microbiologia e as opções de tratamento. Fatores de riscos foram identificados, mas não foram citados com unanimidade revelando a necessidade de mais pesquisas sobre o tema.