A noção dos homens de que para evitar e identificar antecipadamente um agravo à saúde é necessário que se procure a unidade de atenção primária não está bem definida, uma vez que as relações de trabalho são prioritárias entre eles, bem como a procura pelo serviço apenas quando apresentam graves situações. Este estudo teve como objetivo compreender os desafios da enfermagem frente aos homens e as suas relações do trabalho e o cuidado à saúde. Caracteriza-se em um estudo de campo, em recorte de monografia, de caráter exploratório descritivo com abordagem qualitativa realizada na Unidade Básica de Saúde do Bairro Santo Antônio dos Prazeres no Município de Feira de Santana Bahia, com homens de 20 a 59 anos, no período de Abril a Maio de 2012, onde foi utilizada uma entrevista como instrumento de coleta e a análise do conteúdo. Este foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade Nobre de Feira de Santana, Bahia e aprovado com o parecer de número 17/2012, em consonância com a resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde. Com este estudo foi possível perceber nos discursos dos sujeitos que os homens tem uma relação de proximidade com as relações de trabalho, como prioridade em sua vida, colocando o cuidado com sua saúde em segundo plano, vários são os fatores que distanciam estes dos serviços de saúde, como as relações de gênero, a socialização em que foram inseridos, a inadequação dos serviços, a fragilidade na capacitação dos profissionais em acolhê-los de maneira integral. Faz-se necessário refletir sobre a necessidade de promover a saúde no próprio ambiente de trabalho, para reduzir as distâncias existentes, como forma de reduzir os altos índices de medicalização, absenteísmo, violência, uso abusivo de álcool e drogas, doenças psicossociais, acidentes no ambiente de trabalho e o adoecimento.Esta pesquisa é de grande relevância por permitir expandir os estudos sobre a saúde do homem, as relações de trabalho no cuidado à saúde, a ampliação das ações voltadas para a saúde do homem trabalhador, bem como a atuação do profissional de Enfermagem no Trabalho, no seu potencial de contribuição para a definição de novas estratégias, colaborando com a construção de programas específicos para esta população.