Introdução: trata-se de pesquisa que investigou o seguinte objeto: fatores que dificultam o gerenciamento dos serviços de enfermagem realizado pelo enfermeiro lotado em uma instituição hospitalar da região litorânea II. Justifica-se por ser uma atividade privativa do enfermeiro que proporcionará reflexões no tocante a prática profissional realizada pelo profissional de nível superior da enfermagem. Outra justificativa consiste na escassez literária face às pesquisas na área em questão. Isto posto, emergiu a seguinte questão norteadora: quais fatores dificultam o gerenciamento realizado pelo enfermeiro? Esta pesquisa proporciona contribuições para o âmbito do ensino, pesquisa e assistência, em especial pela oportunidade de refletir acerca do trabalho gerencial desse profissional. Metodologia: trata-se de pesquisa qualitativa, de natureza descritivo-exploratória. Os sujeitos/cenário foram enfermeiros lotados em uma instituição de saúde da região litorânea II, localizada no Estado do Rio de Janeiro. Os dados foram coletados no primeiro semestre de 2013, através de entrevista gravada em sistema digital. Tendo em vista as questões ético-legais, esta pesquisa tem Parecer de aprovação Nº 242.736/2013, CAAE 12724513.4.0000.5243. Todos os sujeitos participantes assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. Os dados coletados foram submetidos ao processo de categorização. Resultados: dos 9 sujeitos participantes, a maioria pertencem ao sexo feminino (total de 5), e a faixa etária predominante foi entre 31 e 40 anos. Oito possuem especialização, cinco possuem outro vínculo empregatício e outros cinco enfermeiros já exerceram cargo de chefia. No tocante aos fatores que dificultam a gerência realizada pelo enfermeiro, foram citados: falta de recursos materiais, carga horária/demanda excessiva, equipe desqualificada/insatisfeita, falta de autonomia, falta de apoio institucional, relações interpessoais e falta de adesão da equipe. Conclusão: conclui-se que o enfermeiro no tocante às suas atividades administrativas deve manter sempre seus conhecimentos atualizados e buscar pela harmonização do ambiente de trabalho, desenvolvendo uma gerência participativa. Conclui-se também, pela necessidade de maior conhecimento por parte da direção das unidades de saúde do papel do enfermeiro no que tange a sua autonomia para que o enfermeiro possa dispor de meios para administrar os serviços de enfermagem de forma eficiente e eficaz.