O presente estudo visou abordar sobre o exame sanguíneo chamado gasometria arterial, este consiste num exame invasivo definido como a leitura do pH e das pressões parciais de O2 e CO2 em uma amostra de sangue proveniente de uma artéria. O assunto é de grande relevância para o profissional enfermeiro, uma vez que é descrito na resolução Nº 390/2011 do COFEN cuja prática é de caráter privativo à este. É bem comum na prática ser indicado para pacientes que fazem uso de ventilação mecânica, uma vez que o desequilíbrio ácido-básico pode ser tanto de origem metabólica quanto de origem respiratória. A interpretação da gasometria arterial, para a identificação de distúrbios do equilíbrio ácido-base é feita em etapas sucessivas: verificação do pH; verificação da PCO2; verificação das bases (bicarbonato) e verificação da diferença de bases (excesso ou déficit). O objetivo desta revisão de literatura foi reunir informações retiradas de artigos científicos e publicações atuais dotadas de informações sobre interpretação deste exame, para rever conceitos, demonstrar como deve ser realizada a técnica, associar o papel e amparo legal do enfermeiro na realização deste procedimento, discorrer sobre as principais alterações que podem ser encontradas e mencionar as principais complicações que podem surgir se empregado técnica incorreta. Vale ressaltar a importância da interpretação do mesmo para transmitir os dados ao profissional médico ou fisioterapeuta quando houver alterações significativas, que requeiram uma intervenção. A metodologia empregada nesta pesquisa foi baseada em uma ampla revisão de literatura através de fontes confiáveis e atualizadas. Ao longo do estudo foi descrito a técnica correta do procedimento, e os valores de referência que deve ser levado em conta. Através da realização de revisão de literatura tornou-se evidente a real importância do exame. Concluiu-se que as diversas alterações refletem o estado geral do indivíduo, uma vez que sangue arterial é sinônimo de nutrição celular, e se este se mantém em bom estado a homeostasia é assegurada, entretanto, se o mesmo apresenta-se com alterações, é necessário investigar a causa e a equipe prestadora de assistência ao paciente procurar discutir e fazer a devida correção quer seja ela medicamentosa, padrão respiratório ou outra forma necessária.