A gravidez é um processo fisiológico natural da mulher que deverá transcorrer sem intercorrências. Entretanto, no decorrer do período gestacional, poderão ocorrer eventos patológicos acarretando riscos a saúde da mãe e do feto, nos quais se destaca a Doença Hipertensiva Específica da Gravidez (DHEG). Essa doença por muito tempo tem sido motivo de pesquisas por vários estudiosos. Durante grande parte do século XX, pouco se sabia a respeito dessa patologia, assim como quais os fatores desencadeantes e o que fazer diante de um quadro clínico tão grave, de consequências potencialmente letais, como o da eclâmpsia. A DHEG poderá manifestar-se devido à presença de alguns fatores de risco: paridade, idade, peso, condições socioeconômicas e culturais, hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, estado nutricional, e outros. Para diminuir ou evitar os riscos para o desenvolvimento da DHEG, é necessário que a gestante inicie o pré-natal precocemente, pois ele é o principal meio de prevenção dessa doença. Esta pesquisa tem como objetivo geral analisar os fatores de risco para o aparecimento da doença hipertensiva específica da gravidez em gestantes com idade de 15 a 35 anos; e, como objetivos específicos, descrever o conceito, a classificação e epidemiologia da DHEG, conhecer quais as principais modificações fisiológicas e morfológicas que ocorrem na gestante e os fatores de risco para o seu aparecimento e demonstrar a importância da assistência pré-natal à gestante com DHEG. Este trabalho baseia-se em pesquisa bibliográfica na qual foi fundamentada em livros, revistas e artigos científicos disponibilizados na Internet. Resultados apontam que o índice de gestações em idades consideradas de risco está crescendo consideravelmente, nos quais 40% das mulheres que engravidam têm idade entre 15 e 19 anos e 17,5% têm entre 30 e 35 anos. Nessas idades, a gestação tem maior possibilidade de ocorrência de complicações obstétricas, como o aparecimento de síndromes hipertensivas da gestação. Considerando-se a problemática do tema, analisando os efeitos adversos das síndromes hipertensivas no organismo da gestante e do feto, torna-se necessário a atuação da enfermagem na detecção precoce da ocorrência da doença hipertensiva, visando à redução de indicadores de risco para que se possam diminuir os elevados índices de mortalidades maternas e perinatais que ainda ocorrem no Brasil. Portanto, o enfermeiro é fundamental no cuidado dessas gestantes.