Os acidentes no trânsito e a violência em geral representam um grave problema de saúde pública na atualidade. O aumento da morbimortalidade, devido à violência no trânsito, já é considerado uma epidemia, face à sua proporção e consequências para o indivíduo, a família e a sociedade. A faixa etária mais acometida em acidentes de trânsito é a dos jovens, o que representa mais de 50% das mortes entre 15 e 44 anos de idade. A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas definiu o período de 2011 a 2020 como a Década Mundial de Ações de Segurança no Trânsito, com o objetivo de estimular esforços globais para modificar a tendência crescente de fatalidades e ferimentos graves em acidentes no trânsito. O estudo teve como objetivo conhecer as atitudes dos jovens em relação ao trânsito. Trata-se de um estudo descritivo, transversal e quantitativo, realizado em duas escolas de nível médio da rede estadual de Sergipe. A coleta de dados foi realizada no mês de maio de 2013, por meio de entrevista estruturada com uma amostra de 74 alunos a fim de obter informações relevantes à pesquisa. Para a realização deste estudo considerou-se a resolução 196/96, que trata de pesquisas envolvendo seres humanos, atendendo o princípio ético da autonomia e ao consentimento e esclarecimento aos participantes da pesquisa. Participaram da pesquisa 74 alunos do ensino médio, entre 14 e 24 anos, destes, 66,2% eram menores de 18 anos de idade e 62,2% eram do sexo feminino. Observou-se que as atitudes relacionadas ao trânsito eram parcialmente inadequadas. Muitos alunos relataram dirigir algum veículo automotor, 47,9%, porém, 98,6% afirmaram não possuir carteira de habilitação. Em relação ao cinto de segurança, 50% dos alunos relataram fazer uso sempre e 26,6% apenas quando existia fiscalização. Outra questão importante foi o relato do uso do capacete o qual a maioria, 42,6% relatou utilizar apenas quando houvesse fiscalização. A grande maioria dos jovens relatou não fazer uso de bebidas alcoólicas, 83,8% e a totalidade afirmou que não utilizava drogas ilícitas. Diante dos resultados expostos neste estudo, observamos que se faz necessário a discussão sobre as atitudes que colocam em risco a vida e a importância de trabalhar a conscientização e prevenção de acidentes de trânsito entre os estudantes do nível médio, pois, constituem-se a faixa etária mais acometida estatisticamente.