A preocupação com a saúde da população masculina vem sendo difundida nos últimos anos visto que essa parte da população está sendo muito acometida por doenças e os índices de mortes vêm aumentando cada vez mais, fazendo com que haja a necessidade de uma visão preventiva por parte do governo uma vez que os agravos aumentam os custos ao sistema e prejudica a vida dessa parte da população. A assistência à saúde masculina tem sido um grande desafio para o SUS, principalmente na atenção básica, uma vez que o mesmo praticamente não faz uso da atenção primaria à saúde, pois quando se consideram doentes, os mesmos adentram no sistema de saúde pela atenção ambulatorial e hospitalar de média e alta complexidade, o que tem como consequência o agravo de saúde já instalado e maior custo para o sistema de saúde. Alguns fatores explicam o problema do usuário masculino não procurar assistência para prevenção à saúde: questão cultural de gênero; o fato de existirem faltas de estratégias por parte do sistema de saúde para aproximar essa parte da população aos centros de atenção primaria; o fato de a atenção básica ser compostos em maioria por profissionais femininos; o horário de funcionamento dos centros de atenção básica funcionar coincidindo com o horário das atividades laborais masculinas, com isso para o homem buscar atendimento ele teria que perder um dia de trabalho e muitas vezes não resolveria seu problema em uma única visita e também, estudos mostram que os homens só procuram o serviço de saúde quando perdem sua capacidade de trabalho; existe ainda um fator de déficits de autocuidado nesta clientela. Para realizar este trabalho, foi realizada uma revisão da literatura e análise de 19 artigos do banco de dados da Scielo, 2 manuais do Ministério da Saúde e uma tese de doutorado do banco de teses da USP. O presente trabalho visou mostrar quais os problemas que levam os homens a não buscar assistência básica á saúde mostrando assim os motivos que fazem da assistência à saúde do homem um desafio para a atenção primária. Muitas das causas das mortes desta parcela da população podem se prevenidas ou controladas por meio de intervenção em atitudes e práticas cotidianas mostrando assim que o papel das UBS é crucial, pois muitas das necessidades de saúde não se manifestam como um problema imediato, mas como algo evitável, na qual as unidades básicas podem intervir com ações preventivas e de promoção à saúde.