INTRODUÇÃO A Ilha do Combú compreende uma área geográfica de 15 quilômetros quadrados, banhada pelo Rio Guamá e pela Baía do Guajará, situa-se a uma distância de 1,5 km do sul da cidade de Belém, no Pará¹. Os ribeirinhos vivem em sua maioria à beira dos rios, igarapés, igapós e lagos que compõem o vasto e complexo estuário amazônico. O rio representa a “metonímia do ser ribeirinho”, aquilo que ao mesmo tempo cria vínculos e isolamentos entre as pessoas dessas populações². OBJETIVOS Relatar a vivência dos acadêmicos de enfermagem acerca do funcionamento de uma unidade de saúde que presta assistência à população ribeirinha, bem como as facilidades e dificuldades enfrentadas pela equipe de saúde. METODOLOGIA Visita realizada no dia 17 de maio de 2013, pelos acadêmicos do 4º ano enfermagem da Universidade do Estado do Pará, na Unidade de Saúde da Família da Ilha do Combú como atividade prática da disciplina de Assistência de enfermagem as populações tradicionais da Amazônia. RESULTADOS A equipe de saúde possui conhecimento sobre os sinais e sintomas das principais doenças presentes na região, haja vista que conseguiram evitar a incidência de novos casos de malária, além de acionar a vigilância epidemiológica acerca do aparecimento de casos de doença de chagas. Porém, o número de ACS’s é inferior ao necessário para cobrir área de abrangência, visto que essa unidade atende outras 4 comunidades. Não há transporte disponível para as visitas domiciliares e a única rabeta existente é inadequada. A Ilha possui saneamento básico precário e água insalubre o que dificulta o controle das doenças. O sistema de contra-referência não é realizado de forma adequada. CONCLUSÃO Percebemos a importância de vivenciar o funcionamento de uma unidade de saúde que presta assistência à população ribeirinha, sobretudo de conhecermos a realidade dos povos tradicionais da nossa região, bem como seu modo de vida e o itinerário que percorrem em busca do serviço de saúde local e de referência. Neste contexto, constatamos que enfermeiro é o profissional mais atuante nessas comunidades. A enfermeira da USF atua de maneira árdua, pois consegue interagir o conhecimento científico respeitando o senso comum, fazendo com que funcionem os programas de atenção básica preconizados pelo Ministério da Saúde. Assim, podemos perceber que a equipe de saúde da ilha do Combú está fazendo, dentro de suas possibilidades, que o princípio do SUS da equidade não seja infringido.