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Anais - 16º CBCENF

Resumo

Título:
ACESSIBILIDADE E CONHECIMENTO: EXPERIÊNCIAS DOS ENFERMEIROS ACERCA DA VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES
Relatoria:
MICHELLY GUEDES DE OLIVEIRA ARAÚJO
Autores:
  • Rosilene Santos Baptista
  • Olga Benário Batista de Melo Chaves
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Acessibilidade e sustentabilidade no SUS
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A acessibilidade aos serviços do SUS não pode acontecer sem um pilar importante deste processo que é o conhecimento não só por parte dos usuários, mas também pelos profissionais que atuam naquela área. Neste aspecto, observa-se que existem algumas fragilidades no atendimento de algumas situações nas Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSF), como o atendimento a mulher vitima de violência sexual. Neste sentido decidiu-se realizar esta pesquisa tendo como questão norteadora: Há acessibilidade dos enfermeiros a capacitação no atendimento de mulheres vitima de violência sexual? Objetivo: Investigar as dificuldades e ou facilidades encontradas pelos enfermeiros das UBSFs no atendimento as mulheres vitimas de violência sexual. Metodologia: pesquisa quantitativa, transversal do tipo survey, realizada nas UBSF. Foram incluídas cinco UBSF de cada um dos seis distritos sanitários da cidade de Campina Grande, totalizando 27 enfermeiros pesquisados. O questionário foi aplicado no local de trabalho dos profissionais, com assinatura dos termos de consentimentos livre e esclarecido, conforme aprovação do Comitê de Ética da pesquisa na UEPB. Resultados: 70,4% das enfermeiras afirmaram já ter atendido casos suspeitos e/ou confirmados de violência sexual contra a mulher em UBSF. Verificou-se que 100% destas referiram não ter recebido nenhuma capacitação nos últimos seis meses no atendimento de mulheres vitimas de violência, 66,7% inferiram não sentir-se totalmente preparada para atender as mulheres vitimas de violência e 80% ressaltaram, como principal dificuldade no atendimento, os aspectos éticos e legais que envolvem a violência. Conclusão: apesar de se falar em acessibilidade e inclusão nos serviços de saúde, as enfermeiras não tiveram oportunidade de participar em cursos de qualificação para o atendimento de mulheres violentadas sexualmente, desta forma evidencia-se uma lacuna de uma política sustentável que de fato promova o acesso de todos não só aos serviços, mas também a informação.