A AIDS, doença causada pelo vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), representa um grave problema de saúde mundial devido ao potencial de infecção e disseminação principalmente entre as populações que apresentam comportamentos de risco. Embora saibamos os meios para transmissão do vírus, a sociedade ainda recrimina os pacientes nesta condição cabendo aos profissionais de saúde, em destaque os enfermeiros, orientar e acolher pacientes com AIDS vítimas do preconceito e discriminação. Este estudo tem como objetivo abordar os principais dilemas éticos vivenciados pelo enfermeiro na assistência a pacientes com AIDS. Trata-se de uma pesquisa do tipo Revisão de Literatura, cuja base de dados foi a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), a Literatura Latinoamericana en Ciencias de la Salud (LILACS) e Scientific Electronic Library Online (SciELO), tendo como critérios o acesso pelos descritores (Síndrome da Imunodeficiência Humana, Ética, Enfermagem) aos artigos publicados na íntegra, no idioma português, abrangendo o período de 2006 a 2012. Os resultados evidenciam que a doença resgata questões éticas envolvendo a enfermagem, responsável pelo cuidado holístico do individuo e família, cabendo-lhes prestar uma assistência pautada no principio da ética profissional na qual os direitos do paciente sejam respeitados e resguardados mediante a manutenção do sigilo profissional. Os profissionais referem que os principais dilemas éticos tratam-se da entrega de exames com sorologia positiva para HIV, a confidencialidade do profissional junto à equipe multiprofissional, preconceito, discriminação e o sigilo profissional das informações referentes ao paciente no contexto familiar. Para tanto é imprescindível que os enfermeiros baseando-se no Código de Ética da profissão ratifiquem como responsabilidade e dever da enfermagem manter segredo sobre um fato sigiloso de que tenha conhecimento em razão de sua atividade profissional. Logo, ao apresentar uma atitude ética onde os direitos de autonomia e de privacidade do paciente são respeitados, o enfermeiro estabelece vínculos e relação de confiança com o paciente com AIDS que possui direitos que devem ser respeitados, incluindo a assistência de enfermagem pautada no atendimento de forma holística e humanizada com respeito à dignidade do paciente.