INTRODUÇÃO: A prevalência do uso de psicoativos vem aumentando em nossa sociedade, e trazendo sérias consequências à mesma, configurando-se um problema de saúde pública, além de trazer sérios danos sociais, econômicos e políticos. O crack é uma forma acessível de se usar cocaína por via inalatória, sendo produzido pela queima de uma pasta básica combinada com bicarbonato de sódio. Seu rápido efeito gera, no usuário, uma insaciedade que produz uma vontade incontrolável de obter quantidades cada vez maiores de droga. Desta forma, está entre as drogas que mais causam dependência, sendo também responsável por uma fissura avassaladora. OBJETIVOS: O presente estudo objetiva descrever as complicações decorrentes do uso, prolongado ou não, do crack. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica realizada por meio de acesso a artigos indexados nas bases de dados das plataformas on-line: Scielo, Bireme e BVS. Levantou-se dados relacionados a estudos publicados entre os anos de 2006 a 2011, um total de 962 (novecentos e sessenta e dois) artigos, dos quais foram selecionados 50 (cinquenta), que enfatizam complicações da dependência do crack. Destes, elegemos 8 (oito), os quais embasaram nosso estudo. RESULTADOS: O abuso de crack, a curto prazo, pode levar a sintomas psíquicos ou comportamentais, tais como disforia e compulsão, desencadeados pela fissura. A médio e longo prazo pode-se desenvolver severa insônia, falta de apetite e o desenvolvimento de uma aparência mórbida, além de perda de peso, baixa imunidade e psicose. Dentre outras complicações, os usuários podem ser vítimas de problemas respiratórios agudos, como hemorragia alveolar, edema pulmonar agudo e infiltrações pulmonares de outras naturezas, e, ainda, dor torácica, dispnéia, tosse produtiva, febre e hemoptise. Não é incomum que o usuário de crack passe por um processo de isolamento, marginalização e criminalização. CONCLUSÃO: Diversas são as complicações decorrentes do uso de crack, podendo este afetar elementos comportamentais, físicos e interpessoais do indivíduo. Deste modo, percebemos que o crack é uma droga de grande poder de devastação, necessitando o indivíduo de uma rede assistencial de saúde engajada e bem relacionada, reduzindo danos e promovendo saúde.