INTRODUÇÃO: As Úlceras por Pressão (UP) são definidas como lesões cutâneas ou de partes moles, superficiais ou profundas, de etiologia isquêmica, secundária a um aumento de pressão externa, e desenvolvem-se em qualquer lugar do corpo, em especial sobre uma proeminência óssea: região sacral, trocante maior do fêmur e tuberosidade do ísquio. Os idosos destacam-se entre os indivíduos com UP, por serem mais acometidos por doenças degenerativas e por apresentarem problemas como incontinência urinária, uso de medicações que alteram seu metabolismo, dentre outros. OBJETIVO: Analisar a produção científica de enfermagem sobre as úlceras por pressão em idosos no Brasil. METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão integrativa da literatura com consulta sistemática às bases de dados LILACS, SCIELO e BDENF utilizando-se os descritores: “idosos”, “úlceras por pressão” e “enfermagem”. Foram analisados 12 artigos. Como critérios de inclusão, os artigos deveriam ter sido publicados no período de 2009 a 2013 e ter texto completo em português, na qual os resultados deveriam atender à seguinte pergunta: como identificar os fatores de risco para o surgimento de úlceras por pressão em idosos? RESULTADO: Quanto aos fatores determinantes, verificam-se, especialmente, as mudanças relativas ao processo fisiológico de envelhecimento (pele fina e menos elástica, perda de massa corporal, maior predisposição a doenças crônicas). Além disso, nos idosos há uma diminuição da eficiência dos sistemas respiratório, circulatório, sensorial, nutricional, o que gera comprometimento do fluxo sanguíneo e, consequentemente, leva a uma deficiente oxigenação, nutrição e hidratação dos tecidos. O excesso de umidade forma a pele mais susceptível à lesão, e o contato prolongado com a urina gera irritação local, motivos pelos quais idosos incontinentes demandam atenção especial, sendo indicado uso de fraldas geriátricas, higiene adequada da pele e uso de cremes como barreira de proteção. CONCLUSÃO: O estudo possibilitou a identificação de idosos com UP representando um grave problema em termos de sofrimento pessoal e econômico, e um desafio à equipe interdisciplinar, uma vez que consomem exorbitantes recursos do sistema de saúde e horas de assistência em enfermagem. Assim, o uso de um instrumento de escala de avaliação de risco facilita a identificação de fatores predisponentes ou de risco para o seu desenvolvimento e favorece o planejamento de medidas preventivas para evitar o surgimento dessas lesões.