O desenvolvimento de novas tecnologias na área de saúde proporciona uma série de questionamentos aos profissionais de saúde, principalmente aqueles que atuam na unidade de emergência (UE). Os aspectos éticos envolvem muitos problemas, pois existe uma escassez de recursos diante a necessidade dos pacientes inviabilizando muitas vezes um atendimento que envolve a ética e moral. O estudo teve como objetivo descrever os aspectos éticos e legais que envolvem a Unidade de Emergência a partir da literatura produzida no período de 1999 à 2013. Trata-se de uma revisão bibliográfica de natureza qualitativa. Como fontes de pesquisa foram utilizados cinco artigos científicos publicados em base de dados eletrônicos da Biblioteca Virtual de Saúde. Assim, para operacionalizar a pesquisa foram selecionados os descritores: ética, serviços médicos de emergência e enfermagem. Os resultados apontaram que os profissionais de saúde nem sempre são éticos perante os indivíduos atendidos na UE, no entanto, a escassez de recursos materiais, estrutura física, precária tecnologia especializada e a superlotação são fatores que contribuem para a vivência de dilemas éticos neste serviço. Além disso, evidenciou-se que a discussão sobre os aspectos éticos e legais da UE deve iniciar na graduação para a formação de profissionais que conheçam e saibam utilizar os fundamentos, os princípios, as diretrizes e os métodos da bioética. Os profissionais devem tomar decisões perante as situações encontradas estabelecendo prioridades, analisando, sexo, idade. Assim, as decisões éticas que envolvem seleção individualizada de beneficiários devem ser feita de forma humanizada, envolvendo uma assistência qualificada ao indivíduo, além de estabelecer uma seleção dos pacientes. Dessa forma, as escolhas e decisões que os profissionais devem tomar envolvem valores, princípios morais, os quais afetam diretamente a todos, inclusive os indivíduos. O atendimento de um paciente deve ter total sigilo, privacidade, confidencialidade e respeito e deve atingir a todos os setores da saúde, inclusive o setor da emergência, que trata de pacientes com risco eminente de morte. Neste sentido, os enfermeiros devem atuar com responsabilidade ética e social, promovendo o cuidado integral ao paciente. Conclui-se que os princípios éticos devem reger a todos os profissionais, e os indivíduos devem ser tratados e reconhecidos como seres humanos, bem como respeitados numa situação de emergência.