INTRODUÇÃO: O gerenciamento dos serviços de Enfermagem nos hospitais encontra-se ainda distante do esperado. O que se observa é a reprodução dos modelos tradicionais, em que as estruturas hierárquicas são reproduzidas. OBJETIVO: Analisar o processo de trabalho do enfermeiro com base na Lei do Exercício Profissional da Enfermagem. METODOLOGIA: Estudo descritivo de abordagem qualitativa, realizado no Hospital de Urgência e Emergência, em Campina Grande-PB, com 19 enfermeiros. Coletou-se os dados no mês de Janeiro de 2013, mediante entrevistas, gravadas e transcritas. Analisou-se os dados de acordo com a modalidade temática de Bardin. RESULTADOS: Foram investigadas as variáveis: idade, sexo, tempo de conclusão do curso de graduação, tempo de atuação como enfermeiro, tempo de serviço na Urgência e Emergência e nível de pós-graduação/ formação. A maioria dos entrevistados é jovem, sendo, 9 (47,36%) dos participantes com idade entre 20 e 25 anos; 5 (26,31%) com 26-30 anos; 5 (26,31%), 30 anos ou mais. Há predominância do sexo feminino, sendo 13 (68,42%). Quanto ao tempo de formação, os sujeitos 17 (89,47%) concluiu entre 2005 e 2010 e apenas 2 (10,52%) após 2010. Quanto a formação, 11 (57,89%), possui Pós-Graduação em Urgência e Emergência e 1 (5,26%) está em andamento. Os dados foram analisados em três categorias: O enfermeiro e a Lei do Exercício Profissional da Enfermagem; Processo de trabalho na enfermagem; Educação em serviço. Para fins deste trabalho, serão explorados e discutidos os conteúdos presentes na categoria 2, uma vez que o objeto do estudo encontra-se melhor focalizado em seu interior. Os aspectos apontados pelos entrevistados evidencia a importância do dimensionamento de pessoal de enfermagem, tendo em vista dificuldades enfrentadas pela equipe na operacionalização do seu processo de trabalho. Observa-se grande número de pacientes graves que chegam para serem atendidos, necessitando de um tempo maior de atenção, porém o número de profissionais inviabiliza esse atendimento, conforme a Verbalização a seguir: Na maioria das vezes o cuidado fica a desejar porque a demanda é altíssima e os recursos humanos ainda é pequeno. “Então o cuidado fica a desejar por conta da quantidade insuficiente de profissionais” (E8). CONCLUSÃO: O número insuficiente de profissionais de enfermagem afeta a qualidade do cuidado prestado aos pacientes e dificulta o desenvolvimento de um trabalho humanizado, gerando implicações ético-legais e elevados custos hospitalares.