Os olhos fazem parte dos cinco órgãos dos sentidos, responsáveis pelo bom aproveitamento, desenvolvimento e manutenção da vida diária. Por sua importância e sensibilidade requer atenção e cuidados durante a vida, para que assim possa manter a sua principal função, de acuidade visual. O presente trabalho tem por objetivo analisar a acuidade visual de trabalhadores de uma empresa do ramo moveleiro atendida pelo SESI de Francisco Beltrão. O estudo foi realizado com base nos prontuários dos funcionários submetidos aos exames admissionais, primeiro e segundo periódico, realizados respectivamente com um intervalo de tempo de um ano cada. Foram analisados os dados referentes ao exame de acuidade visual obtido pela máquina de Ortho Rather e Snellen, que possibilita identificar a presença de alguma dificuldade visual. Dos 34 prontuários analisados, 85% foram aptos as atividades laborais sem necessidade de encaminhamento ao oftalmologista, no admissional. Quando analisado os exames periódicos sub-sequentes destes funcionários, observa-se uma variação sazonal dos indivíduos considerados aptos, diminuindo o índice de aptidão para 76% no primeiro periódico e 70% no segundo periódico, o dado se torna mais alarmante quando observado que 68% destes funcionários se encontram na faixa etária entre 16 e 25 anos. De acordo com a Norma Regulamentadora Nº 7 (NR7) é de responsabilidade da instituição: promover a saúde e higiene dos olhos; prevenir acidentes e doenças oculares; medir e registrar a acuidade visual dos trabalhadores e encaminhar os casos de visão subnormal e cegueira; detectar doenças oculares no estágio inicial; colaborar nas atividades de saúde para a prevenção da cegueira e participar na educação para a saúde do trabalho. O estudo demonstrou uma importante redução da acuidade visual principalmente nos trabalhadores com idade entre 16 a 25 anos, que são detectados principalmente ao inicio de atividades laborais, fato este que pode ocasionar perdas da visão permanente, prejudicando-os em suas atividades com risco de exclusão do mercado de trabalho. Desta forma, salienta-se a necessidade de criação de programas educativos e de educação continuada voltados à prevenção da cegueira no trabalho.