O fenômeno da depressão em crianças tem seu reconhecimento estabelecido na clínica atual e vem prejudicando o desenvolvimento infantil, além de estar associado ao risco de distúrbios psicossociais na vida adulta e parece estar mais frequente e ocorrendo cada vez mais cedo. Não existe uma definição consensual acerca da depressão infantil, porém pode-se afirmar que se trata de uma perturbação orgânica que envolve variáveis biológicas, psicológicas e sociais. Objetivou-se nesse estudo identificar os fatores de risco para o desenvolvimento da depressão na infância. Tratou-se de um estudo bibliográfico descritivo. A pesquisa foi realizada no banco de dados Biblioteca Virtual em Saúde e Scielo, sendo adotados como critério de inclusão: trabalhos publicados em texto completo, na língua portuguesa, com os descritores: fatores de risco; depressão; infância. Encontrou-se 37 publicações, das quais se avaliaram seletivamente seus objetivos, onde se identificaram 08 artigos que corresponderam ao objetivo da pesquisa. Evidenciou-se que os fatores de riscos mais prevalentes para a depressão infantil foram: nível socioeconômico, estresse materno, depressão materna, organização e estruturação do ambiente familiar, serem filhos de pais dependentes químicos, fatores genéticos, eventos adversos da vida, divórcio, problemas escolares, abuso físico e sexual, fatores neurobiológicos e depressão pós-parto. Conclui-se que o conhecimento dos fatores de risco para o desenvolvimento da depressão na infância pelos profissionais de saúde é de grande importância no âmbito da prevenção dessa patologia, pois, acredita-se que dessa forma esse conhecimento contribuirá para a diminuição da incidência desse sofrimento psíquico. Outro aspecto que merece destaque é a lacuna do conhecimento sobre essa temática, que pode ser uma das ferramentas para a resolução desse dilema.