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Anais - 16º CBCENF

Resumo

Título:
PERFIL DAS NOTIFICAÇÕES DE AIDS NO BRASIL DA PERSPECTIVA DE GÊNERO: UM ESTUDO DOCUMENTAL
Relatoria:
MIKAEL LIMA BRASIL
Autores:
  • LAÍS VASCONCELOS SANTOS
  • SHEILA MILENA PESSOA DOS SANTOS
  • ALLAN BATISTA SILVA
  • RAILA NATASHA DE MELO BEZERRA
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Acessibilidade e sustentabilidade no SUS
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: A Aids é uma doença que possui inúmeros reflexos sociais considerada de notificação compulsória, sendo esta iniciada no Brasil na década de 1980. Com o decorrer dos anos, a epidemia de Aids passou por múltiplas transformações, entre elas o processo de feminização demonstrado pela proximidade entre a proporção de casos em mulheres e homens. OBJETIVO: Refletir sobre o perfil das notificações de Aids da perspectiva de gênero. METODOLOGIA: pesquisa documental, retrospectiva e qualitativa. Compuseram a análise dados secundários hospedados nos sistemas de informação do Ministério da Saúde, a saber: boletim epidemiológico Aids – DST, SINAN, SIM, Siscel e Siclom com dados atualizados até 30 de Junho de 2011. O estudo foi realizado entre os meses de Maio e Julho de 2013, tendo como recorte temporal o período de 1998 a 2010. À luz da categoria gênero, foram analisadas as variáveis sexo, escolaridade, faixa etária, gestantes, categorias de exposição sexual e sanguínea. RESULTADOS: No período analisado, percebeu-se que o número de casos em ambos os sexos se concentra nas pessoas de menor escolaridade com faixa etária de 35-49 anos e por contágio sexual. São evidentes os processos de feminização e heterossexualização. Observou-se o aumento na prevalência dos casos em gestantes. A categoria de exposição acidentes de trabalho foi a de maior frequência no sexo feminino. O sexo masculino apresentou o maior número de registros nas categorias de transfusão, hemofílico e transmissão vertical. CONCLUSÃO: A construção histórica das identidades de gênero reflete a mudança no perfil das notificações de Aids, pois ainda prevalece o mito dos grupos de risco, desconsiderando as mulheres com orientação sexual homoafetiva. O contágio pela Aids ainda é encarado como um problema moral alicerçado no modelo esteriotipado e excludente, muitas vezes silenciado socialmente. Logo, salientamos que as relações de gênero devem ser uma temática compartilhada pela/o Enfermeira/o que deve buscar alternativas para superar o paradigma hegemônico da epidemia de Aids considerando as especificidades e integralidade do sujeito.