Introdução: O envelhecimento populacional é um fenômeno que vem ocorrendo de forma acelerada, associando-se em importantes transformações epidemiológicas e de serviços de saúde. Diante disso, surge a necessidade de modelos teóricos que direcionem a prática e compreendam a complexidade em relação a saúde do idoso.Para tanto, explora-se o conceito de vulnerabilidade.Objetivo: Conhecer as diferentes contribuições científicas disponíveis sobre a temática. Metodologia:Trata-se de um estudo exploratório de natureza bibliográfica, com abordagem qualitativa, realizado no mês de julho de 2013, junto as bibliotecas de instituições públicas de ensino superior de João Pessoa, PB, bem como, banco de dados online LILACS.Resultados:O termo vulnerabilidade é definido como estado de indivíduos ou grupos que, por alguma razão, têm sua capacidade de autodeterminação reduzida, podendo apresentar dificuldades para proteger seus próprios interesses devido a déficits de poder, inteligência, recursos, força ou outros atributos. Nessa perspectiva, propõe-se, operacionalmente, a interpretação da vulnerabilidade a partir de três dimensões interdependentes: a vulnerabilidade individual, que se refere ao grau e à qualidade da informação que os indivíduos dispõem sobre os problemas de saúde, sua elaboração e aplicação na prática, compreendendo aspectos biológicos; a vulnerabilidade social, caracterizada por aspectos culturais, econômicos e sociais que determinam as oportunidades de acesso aos meios de comunicação e serviços; e a vulnerabilidade programática, que consiste na avaliação dos programas para responder ao controle de enfermidades. Autores discorrem que o envelhecimento implica em aumento do risco para o desenvolvimento de vulnerabilidade, em virtude do declínio biológico, o qual interage com processos socioculturais, com os efeitos acumulativos de condições deficitárias de educação, renda e saúde ao longo da vida e com as condições do estilo de vida atual. Em maior ou menor grau, aspectos individuais, coletivos, contextuais e históricos das experiências de desenvolvimento e de envelhecimento, geram possibilidades de adoecimento e dificuldades de acesso aos recursos de proteção disponíveis na sociedade. Conclusão: Mediante os resultados, ressalta-se a importância do conhecimento desses aspectos, especialmente por estes poderem subsidiar a assistência ao idoso, assim como a elaboração de estratégias de intervenção à saúde de forma integral e resolutiva.