LogoCofen
Anais - 16º CBCENF

Resumo

Título:
TERMINALIDADE DA VIDA: ASPECTOS SOBRE A PRÁTICA DA EUTANÁSIA
Relatoria:
SYLMARA MAIA DE FRANÇA
Autores:
  • Menacela Oliveira Domingos
  • Jéssyka Cibelly Minervina da Costa Silva
  • Roselaine Clementino Silva
  • Clarissa Ferreira Pinto
Modalidade:
Pôster
Área:
Ética e Legislação em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A eutanásia, também chamada de boa morte, é um dos assuntos centrais e mais debatidos na bioética contemporânea, possuindo grande relevância no campo da saúde pública, em um contexto de: envelhecimento populacional, ampliação das possibilidades terapêuticas na medicina e finitude de recursos para demandas de saúde cada vez maiores. A despeito das grandes discussões sobre a eutanásia, o tema permanece ainda como tabu em muitas sociedades - como no caso do Brasil, que é um país emergente e está passando por um processo de envelhecimento populacional o que se necessitará, deste modo, um tratamento clínico qualificado. Esse dilema é vivido também em vários países. Em abril de 2001 a Holanda foi o primeiro país do mundo a legalizar a eutanásia, seguido pela Bélgica, em maio de 2002, e por Luxemburgo, em 2009. Objetivo: Identificar e analisar sob a luz da literatura os aspectos éticos e bioéticos favoráveis e desfavoráveis que permeiam a prática da eutanásia. Metodologia: Trata-se de um estudo bibliográfico sobre os aspectos envolvidos na prática da eutanásia. A fonte utilizada foi à biblioteca virtual em saúde (BVS) com os seguintes descritores: Eutanásia, Bioética, Sacralidade da vida. Teve como base artigos referente ao tema, com os seguintes critérios: artigos online nacionais, atualizados de 2005 a 2012 que referenciasse a temática. Os critérios para a seleção da amostra se basearam nas publicações que retratassem a temática, língua portuguesa e artigos na íntegra. Resultados: Ao analisar os dados observa-se que a eutanásia não é uma prática que esteja à disposição dos pacientes e nem a maioria dos profissionais a praticam, o que muitas vezes fere a autonomia do paciente, mas, promove a chamada, sacralidade da vida. Em ambos os casos, a questão se constrói em torno da pertinência e da legitimidade moral, ou não, de um indivíduo poder decidir sobre o curso de sua própria existência, requerendo para si uma boa morte. A eutanásia pressupõe sempre, além de um eu, outro, o qual deverá efetuar a ação que culminará na abreviação da vida. Conclusão: A experiência de viver em constante sofrimento, por exemplo, devido a uma doença terminal ou a tetraplegia, para algumas pessoas, é descrita como insuportável. Os dias ficam marcados pela agonia e pelo desespero. Neste contexto, a eutanásia pode se constituir em uma genuína libertação para o indivíduo que não tem mais esperanças de voltar a ter sua saúde, seja física ou mental, restaurada.