Diante da rotina de cuidados dos profissionais de enfermagem os quais prestam assistência ao indivíduo de maneira integral visando trazer melhorias na condição de vida dos pacientes e de seus familiares, está o cuidado ao corpo sem vida, que segundo a resolução COFEN nº 311/2007 que regulamenta o exercício profissional com base na preservação dos direitos humanos a um cuidado digno, traz em seu artigo de nº 19 que o cuidado deve ser prestado ao paciente com respeito e preservação da privacidade do ser humano em todas as circunstâncias da vida, incluindo o preparo do corpo pós-morte. Ressaltar a importância do embasamento legal bem como o posicionamento ético dos profissionais mediante os cuidados no preparo do corpo pós- morte. Metodologicamente trata-se de um estudo do tipo revisão de literatura, com abordagem qualitativa, cujas referências são textos acadêmicos dentro da temática, bem como artigos indexados publicados na Biblioteca Virtual em Saúde e no Scientific Electronic Library Online (SciELO), tendo como critérios de inclusão: Trabalho Completo, Idioma em Português e acessibilidade, além da legislação do exercício profissional da enfermagem segundo COFEN/COREN. Observou-se que apesar da morte ser um processo natural do ciclo de vida, sendo a mesma ainda vista como a finitude das relações com o individuo mesmo este se encontrando em fase terminal ou em risco eminente de morte, torna-se importante o conhecimento, respeito, bem como a preservação da dignidade do paciente e da família na execução de procedimentos pelos profissionais de enfermagem, sejam estes implementados em vida, ou na assistência ao corpo pós-morte. Os profissionais devem visar sempre à preservação do embasamento ético e legal no que diz respeito ao cuidado do corpo, para evitar que haja desrespeito ao cliente, e possíveis constrangimentos familiares no momento de vulnerabilidade sentimental, pois ainda que os profissionais sejam preparados tecnicamente para a execução do cuidado pós-morte, permanecem lacunas no que se refere ao tratamento de maneira digna e humana, devido à adoção de atitudes frias e impessoais que possivelmente desrespeitam a integridade e o corpo do cliente em óbito. O profissional de enfermagem precisa estar atento aos princípios éticos e legais que regem a sua profissão, tomando-os por base e utilizando-os como ferramentas pertinentes a sua atuação no cuidar ao paciente, seja este portador dos sinais vitais preservados, ou em ausência deles.