INTRODUÇÃO: A neuropatia diabética é responsável pelo aparecimento dos traumas e infecções nos pés acarretando em possíveis lesões e prováveis amputações quando não controlada. É considerada um problema de saúde pública, encontrando-se entre as cinco doenças responsáveis pela elevada taxa de morbimortalidade. OBJETIVO: Verificar risco para pé diabético em uma Unidade de Saúde da Família (USF) do município de Cajazeiras-PB. METODOLOGIA: Pesquisa de caráter exploratório e descritivo, com abordagem quantitativa, realizada mediante aplicação de um questionário semi-estruturado, após ter recebido parecer favorável Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual da Paraíba, sob parecer de nº 0469.0.133.000-1. Onde foram avaliados vinte e um (N=21) portadores de DM cadastrados na USF Mutirão localizada no município em questão, totalizando 100% da amostra, mediante assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). RESULTADOS: Foi constatado que sete (N=7) dos portadores de DM raramente verificam a glicemia, o mesmo percentual, ou seja, sete (N=7) verificam uma vez por semana, três (N=3) entre 3 e 3 meses, dois (N=2) entre 2 e 2 meses, e um (N=1) não verifica e a mesma quantidade não tem tempo certo; Dentre o autocuidado oferecido aos pés diariamente, dez (N=10) relatam apenas higiene, sete (N=7) nenhum e quatro (N=4) além da higiene fazem uso de massagem com óleo de girassol ou cremes; Com relação a presença e tempo de possível lesão nos membros inferiores, treze (N=13) informaram que nunca possuíram lesão, três (N=3) possuem ou cicatrizou-se recentemente, assim como na mesma proporção, três (N=3) desenvolveram de 3 a 5 anos atrás, e duas (N=2) afirmaram a existência desta entre 1 e 2 anos atrás. CONCLUSÃO: Devido a Diabetes Mellitus ser uma doença que com alto índice de complicações neuropáticas que evoluem para possível lesão, o controle glicêmico e o autocuidado com os pés são fundamentais para prevenção de desenvolvimento de úlceras diabéticas evitando possível amputação e consequentemente melhor qualidade de vida. Logo, o acompanhamento profissional torna-se de fundamental importância para educação em saúde, onde vale ressaltar que tal trabalho tornar-se reduzido devido à sobrecarga estabelecida do profissional enfermeiro.