Introdução: As parasitoses intestinais ainda constituem-se em um grave problema de saúde pública no Brasil, onde a falta de saneamento básico e higiene pessoal ajudam a fazer com que a prevalência das mesmas apresente altos índices, principalmente nas comunidades periféricas. Objetivo Geral: Investigar o perfil clínico-epidemiológico das parasitoses intestinais em comunidades no município de Grajaú-MA. Objetivos Específicos: Identificar os agentes enteroparasitários mais frequentes nas comunidades; Relacionar os principais determinantes que possam contribuir para a manutenção da cadeia epidemiológica das parasitoses intestinais; Identificar as percepções e atitudes da população sobre a relação saneamento básico/educação em saúde versus doenças parasitárias. Metodologia: É um Estudo descritivo com abordagem quali-quantitativo. O mesmo foi realizado no período de agosto/2012 a julho/2013. Os sujeitos da pesquisa são 90 crianças na faixa etária de 2 a 10 anos que realizaram exames coproparasitológicos e também os pais que foram entrevistados sobre a percepção e atitudes em relação a temática abordada. Resultados e Discussões: Realizamos oficinas com as crianças almejando repassar conhecimentos sobre enteroparasitoses para melhor fixação do processo de ensino-aprendizagem. Os pais das crianças estavam presentes e percebemos que o conhecimento a cerca das parasitoses intestinais não é inexistente, porém os moradores apresentaram uma codificação própria. Os agentes etiológicos encontrados no Bairro Mangueira foram: Endolimax nana (14,6%), Entamoeba coli (14,6%), Giardia intestinalis (2,4%) e dos 41 exames 28 foram negativos percentuando 68,4%. Já no Bairro Vilinha detectou-se: Endolimax nana (9%), Entamoeba coli (36%), Entamoeba histolytica (12%), Iodamoeba butshili (9%), Giardia lamblia (18%) e Ascaris lumbricoide (16%). Constatou-se a presença tanto de protozoários e helmintos, porém com maior índice os protozoários. Sendo assim, a contaminação ocorre mais por meio da água. Conclusão: A alta prevalência foi atribuída ao baixo nível socioeconômico e educacional da população, a falta de consumo de água filtrada e as precárias condições de higiene do peridomicílio. Percebeu-se que há necessidades de educação em saúde, saneamento básico e um melhor serviço de saúde para estas comunidades.