INTRODUÇÃO: A gestação na adolescência acarreta consequências psicológicas, sociais e biológicas que influenciam a mãe e também ao feto. Em geral, exceto pelas muito jovens, as adolescentes são capazes fisiologicamente para suportar a gestação, no entanto podem negligenciar aspectos essenciais à saúde do bebê, como a nutrição e o acompanhamento pré-natal, devido muitas vezes ao desconhecimento sobre o desenvolvimento do feto e sobre a maternidade. A gravidez na adolescência representa um estresse adicional a um período que já é crítico. Muitas vezes estão associados à gestação na adolescência alguns fatores sociais, como as implicações de não ser casada, a interrupção ou o atraso na educação, repressão ou falta de apoio da família e as dificuldades socioeconômicas das mulheres que criam filhos sozinhas. OBJETIVO: O objetivo desta pesquisa é descrever o plano assistencial de uma gestante adolescente na atenção primária à saúde buscando atendê-la nos âmbitos físico, psicológico e social. METODOLOGIA: O estudo foi aprovado pelo comitê de ética. Durante a coleta de dados, foi entregue à responsável pela gestante, menor de idade, o termo de consentimento livre e esclarecido, que foi devidamente preenchido e assinado pela mesma. A coleta de dados deu-se pela realização de entrevista com a família e gestante, além do exame físico. RESULTADOS: Segundo o raciocínio clínico de Gordon, foram levantadas cinco hipóteses diagnósticas de acordo com a classificação NANDA, delas três foram eleitas como diagnósticos prioritários sendo eles Risco díade mãe/feto perturbada (00209) (2008, NE 2.1), Ansiedade relacionada à morte (00147) (1998, 2006, NE 2.1) e Conhecimento deficiente (00126) (1980). A partir deles, foram traçadas intervenções de enfermagem segundo NIC e traçados os resultados esperados segundo NOC. CONCLUSÃO: O fato de a gestação ocorrer no período da adolescência pode ser um fator agravante posto que, além das implicações físicas, existem, principalmente, comprometimentos psicológicos e sociais. A adolescente já sofre conflitos característicos desta fase do ciclo vital que serão agravados pelo déficit de conhecimento e ansiedade em relação à realidade da gestação.