O surgimento da AIDS, no início da década de 80, causou grande impacto mundial como uma doença estigmatizante e condenável, ocasionando grandes receios aos profissionais de saúde. Com isso, veio à tona pontos éticos bastante delicados, ocasionando a necessidade de balancear os direitos de acordo com as necessidades dos indivíduos. O objetivo deste estudo foi identificar os dilemas éticos relacionados entre os profissionais de enfermagem e pacientes com HIV/AIDS. Trata-se de um estudo de revisão de literatura científica, na modalidade denominada revisão integrativa. Para o levantamento dos artigos, realizou-se uma busca por meio eletrônico, utilizando-se os Descritores em Ciências da Saúde, e subsequente pesquisa via formulário na base de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde e no Scientific Electronic Library Online por descritor de assunto e índice. Os critérios de inclusão foram: artigos publicados em português e espanhol e artigos na íntegra que retratassem a temática proposta. Do levantamento, resultaram 17 textos completos, todos disponíveis em meio eletrônico. Analisando os trabalhos selecionados observou-se que a área profissional de maior destaque foi a Enfermagem. Em relação ao sigilo profissional, o Código de Ética, em seu Art. 82, institui como responsabilidades e deveres da equipe de enfermagem manter segredo sobre fato sigiloso de que tenha conhecimento em razão de sua atividade profissional, exceto casos previstos em lei, ordem judicial, ou com o consentimento escrito da pessoa envolvida ou de seu representante legal. Observa-se que os principais dilemas éticos vivenciados pela equipe de enfermagem referente à temática HIV/AIDS é alicerçado no sigilo e no preconceito que a AIDS suscita. Convém ressaltar, que ainda é um tema impactante para os profissionais que lidam diretamente com o paciente, os familiares, a sociedade e a própria equipe. Desta maneira, cabe aos profissionais de enfermagem propor ampla reflexão sobre as situações que coloquem em risco os direitos dos pacientes, proporcionando um tratamento humanizado, digno e onde seus valores sejam respeitados.