Anais - 16º CBCENF
Resumo
Título:
RASTREAMENTO DO CÂNCER DE COLO UTERINO NO MUNICÍPIO DE LAGOA SECA-PB
Relatoria:
FERNANDA LAISY PEREIRA DE SOUSA
Autores:
- Sheila Milena Pessoa dos Santos
- Javanna Lacerda Gomes da Silva Freitas
- Raila Natasha de Melo Bezerra
- Jamile Santana Borges
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Acessibilidade e sustentabilidade no SUS
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: o câncer de colo uterino representa a terceira causa de morte por câncer em mulheres, sendo o segundo mais incidente nessa população. Está associado às infecções persistentes de subtipos do Papilomavírus Humano, que podem evoluir desde Lesões de baixo e alto grau até carcinoma invasivo. É uma doença passível de prevenção e a estratégia principal de detecção precoce é o rastreamento realizado por meio da coleta de material para exame colpocitológico (Papanicolau). O exame deverá ser realizado uma vez por ano e, após dois exames anuais consecutivos negativos, a cada três anos. A meta brasileira é estabelecida pela razão entre os exames realizados na faixa etária de 25 a 64 anos e a população-alvo estimada, em determinado local e ano, sendo esperado valor ? R 0,75. OBJETIVO: refletir sobre a cobertura do rastreamento para câncer de colo de útero no município de Lagoa Seca? PB. METODOLOGIA: pesquisa documental de dados secundários, de caráter exploratório e natureza quantitativa, realizada a partir das informações hospedadas no Sistema de Informação do Câncer do Colo do Útero. A amostra foi composta por 1.946 exames realizados em 2012, na faixa etária de 10 a menor de 80 anos para uma população estimada de 10.783. Este estudo compõe as atividades da Equipe do Pró-PET Saúde 2012-2014. RESULTADOS: a média mensal foi de 162,2 exames, com maior concentração no mês de julho e menor concentração no mês de dezembro, variação de 77,2%. Quanto a faixa etária, 79,5% se concentraram no grupo preconizado para rastreio, 25 a 64 anos (R 0,74). O grupo que obteve o melhor indicador foi aquele de 30 a 34 anos (R 0,91), enquanto o resultado mais baixo foi na faixa de 60 a 64 anos (R 0,37). Observou-se que a faixa etária não prioritária de 20 a 24 anos (R 0,57), obteve melhor resultado que as faixas etárias a partir dos 55 anos de idade. CONCLUSÃO: os resultados apontam que a coleta de exames é assistemática, oscilando de acordo com a busca pelo serviço. Apesar de alcançar a meta estabelecida na maioria das faixas de idade, é necessário o investimento em estratégias de busca ativa para a faixa etária a partir dos 55 anos. Destaca-se que a razão elevada pode não significar boa cobertura, mas a boa capacidade de oferta, como também pode estar refletindo a repetição desnecessária do exame por parte da população. Neste sentido, é necessário o desenvolvimento de um estudo qualitativo para determinar a real cobertura do rastreamento na população analisada.