INTRODUÇÃO: A estratégia governamental intitulada rede cegonha, implantada pela portaria n° 1.459 de 24/06/2011, traz um novo modelo de atenção à Saúde Materno-infantil com assistência focada desde o planejamento reprodutivo até os dois anos de vida da criança. Com um modelo que apresenta caráter de acolhimento e resolutividade, o projeto tem como foco a redução da mortalidade de mulheres, crianças e recém-nascidos de uma maneira que a efetividade dessa estratégia alcance o principal objetivo proposto, estando a enfermeira atuante como personagem indispensável nesse processo. Com relação ao componente Pré-natal, a enfermeira está capacitada para o atendimento de baixo risco encontrando na rede cegonha o subsídio necessário para a melhoria da qualidade da assistência. OBJETIVO: Relatar a experiência de acadêmicos de Enfermagem mediante consultas de Enfermagem no pré-natal em Unidades Básicas de Saúde da Família contempladas pela rede cegonha. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência desenvolvido a partir de observações por quatro discentes de Enfermagem bolsistas do PRÓ-Saúde/PET-Saúde no período de nove meses em quatro Unidades Básicas de Saúde da Família do município de Lagoa Seca-PB durante as consultas de pré-natal realizadas pelas enfermeiras das unidades. RESULTADOS: A experiência da rede cegonha no município sob a ótica discente demonstrou que a implantação do programa favoreceu o fortalecimento do vínculo com as usuárias e melhoramento da qualidade de assistência no pré-natal focando a realização da educação em saúde da gestante. Foram observadas falhas no que concerne a distribuição do benefício financeiro para as consultas de pré-natal, dificuldade no sistema de referência e contra-referência e a inexistência de testes rápidos de gravidez, HIV e Sífilis. CONCLUSÃO: No ambiente da atenção primária, existe a carência de insumos que competem à própria política dessa estratégia. Por outro lado, elementos que necessitam do trabalho da equipe são humanamente praticados, tais como acolhimento, promoção da equidade, e a diversidade cultural, étnica e racial. Evidencia-se com isso, que a prática conjunta tão designada pelo programa tem problemas que influenciam de forma direta e indireta na atenção à saúde da mulher e da criança, mas que tentam ser supridos da melhor maneira possível.