INTRODUÇÃO: A puericultura efetiva-se pelo acompanhamento periódico e sistemático das crianças de 0 a 5 anos, onde a falta ou a demora na detecção dos distúrbios do desenvolvimento pode retardar o encaminhamento aos profissionais especializados, gerando um atraso no início das intervenções de reabilitação da saúde da criança. OBJETIVO: Avaliar o conhecimento dos enfermeiros sobre puericultura nas unidades de saúde da família no município de Picos-PI. MÉTODO: Estudo transversal e descritivo, com abordagem quantitativa, desenvolvido com todos os enfermeiros da Estratégia Saúde da Família da zona urbana do município de Picos-PI, no período de março a novembro de 2012. Utilizou-se formulário adaptado, com informações sobre tempo de formação profissional; objetivo, periodicidade, itens a serem avaliados e o papel do enfermeiro na consulta de puericultura. A investigação foi realizada respeitando os princípios éticos contidos na Resolução 196/96. RESULTADOS: Participaram da pesquisa 20 enfermeiros, observou-se que a média dos anos de formação foi de 77,15 meses; 15 enfermeiros consideraram a consulta de puericultura importante para avaliar o crescimento da criança e seu desenvolvimento e tomar as devidas intervenções. Quando questionados sobre a abordagem na consulta de puericultura, 70% mencionaram vacinação e peso/altura, houve ainda, 12 enfermeiros que apontaram desenvolvimento físico. Com relação à periodicidade, 40% dos enfermeiros apontaram que as consultas devem ser realizadas mensalmente e 15 % disseram que varia de acordo com a idade da criança. No que diz respeito ao papel do enfermeiro, 70% consideraram ser de encaminhar e orientar e para 30% é acompanhar periodicamente o crescimento e desenvolvimento da criança. CONCLUSÃO: Os enfermeiros descreveram sucintamente a importância da consulta de puericultura na atenção básica. Sobre as etapas, poucas foram citadas, nenhum enfermeiro apontou todas as etapas da consulta o que acentua a necessidade de um aprimoramento para estes profissionais. Vale ressaltar, que além dos déficits de conhecimento, outros entraves também podem prejudicar a qualidade da consulta para quem atua na atenção básica como, aspectos físicos e organizacionais. Há necessidade de um alicerce teórico-prático, como realização de capacitações, para que os enfermeiros estejam aptos a buscar o conhecimento do perfil saúde-doença e, por conseguinte, traçar um plano de ações, gerenciar e organizar uma assistência à criança.