Introdução: A sociedade atual está vivendo num contexto marcado pela degradação do meio ambiente e uma das causas consideradas preocupantes para tal fenômeno é o descarte inadequado do lixo perfurocortante domiciliar, que vem crescendo cada vez mais em nosso país. Esse lixo contém agulhas dos diabéticos dependentes da insulina, que fazem o uso injetável desse hormônio para tratamento da patologia. Objetivos: Desenvolver uma coleta adequada do lixo perfurocortante domiciliar a partir de uma prática alternativa, com a perspectiva de ampliar nos discentes aprendizagens significativas no âmbito da educação em saúde. Metodologia: O projeto iniciou com uma capacitação por parte dos docentes aos acadêmicos envolvidos. Após esta etapa, foi realizada uma busca ativa no território pertencente à Unidade Básica de Saúde de Guaxuma, que possui cinco micro-áreas e está situada no estado de Alagoas. Esse tipo de busca permitiu conhecer a quantidade de pacientes que atendiam às necessidades do projeto. Foram envolvidos 20 usuários que receberam orientações quanto ao descarte correto das seringas e agulhas produzidas em suas residências. Destes, todos aceitaram participar do projeto, recebendo recipientes de lixo produzidos pelos acadêmicos. Estes artifícios foram confeccionados a partir de materiais de preferência pessoal dos pacientes: garrafas PET, latas de leite em pó e caixas de papelão, que foram entregues aos usuários em domicílio. O andamento do projeto contou com a fiscalização por parte dos acadêmicos aos usuários que utilizaram o recipiente de lixo que fora entregue e devolviam-o à UBS. Resultados: A adesão dos usuários pelo descarte correto produziu um benefício ambiental para a região de Guaxuma, ao mesmo tempo em que se eliminaram os riscos de acidente com perfurocortantes nas casas dos diabéticos que utilizavam esse tipo de material. Incentivou também a criação de propostas de humanização com participação ativa da comunidade, dotada de uma visão crítica e reflexiva do ambiente em que está inserida. Conclusão: Sabe-se que o lixo perfurocortante precisa ser encaminhado para um local seguro e deve ser tratado com cautela para que este não cause danos à saúde da população e do ambiente. Portanto, faz-se necessário uma reflexão acerca das práticas sociais que estão sendo executadas no dia-a-dia da população, viabilizando a educação continuada e a prática cidadã no contexto de saúde e preservação do meio ambiente.