A depressão constitui enfermidade mental freqüente no idoso, comprometendo intensamente sua qualidade de vida, sendo considerada fator de risco para processos de demências. Neste contexto, o presente estudo busca identificar a presença de risco para depressão através da aplicação da Escala de Depressão Geriátrica Abreviada (EDG-15) em idosos que freqüentam o Centro Regional de Especialidades (CRE) de Francisco Beltrão, Paraná. No geral, a EDG-15 apresentou boa confiabilidade e validade (concorrente e de critério) em, seu uso pode auxiliar no rastreamento de quadros depressivos de forma simples e rápida. Os sujeitos pesquisados foram idosos que compareceram no Centro Regional de Especialidades do Município em questão no período de 01/05/2013 à 15/05/2013 e preencheram os critérios de inclusão, sendo estes: apresentar na data da pesquisa idade igual ou superior a 60 anos; não estar em tratamento para depressão e assinarem o termo de consentimento livre e esclarecido. Após coletados, os dados foram analisados por meio de estatística descritiva com analise de frequências, para tanto foi utilizado o programa estatístico SPSS 17.0 (Statistical Package for the Social Science). Os dados demonstram que 75% dos idosos pesquisados apresentam sinais de depressão leve. Ademais, dentre as variáveis estudadas nota-se que os idosos apresentaram freqüência elevadas para depressão leve em indivíduos casados (54%), brancos (57%), com ensino fundamental completo (62%), com faixa etária entre 60 e 69 anos e renda de 1 a 3 salários mínimos (45% e 66% respectivamente). Resultados superiores representativos para depressão leve, também foram encontrados em idosos que moravam com cônjuges (51%), apresentavam hipertensão como doença pregressa (39%) e autorrelevam seu estado de saúde como regular (50%). A maioria dos idosos incluídos nesta amostra tem o seu tempo ocupado no desenvolvimento de atividades passivas predominando a apatia e o isolamento, neste contexto é essencial promover a saúde e o bem estar através de praticas educativas buscando um envelhecimento com senescência diminuindo assim a senilidade. Cabe às equipes de saúde promover atividades físicas, recreativas e culturais para minimizar esse quadro.