INTRODUÇÃO: Estudos demográficos demonstram que as transformações no padrão da população brasileira começam a ocorrer a partir de 1940, porém de forma tímida. A partir de 1960, o quadro de mudanças se acentua, com reduções na taxa de natalidade e mortalidade e um aumento da expectativa de vida a partir de 1999. Segundo o IBGE, em 2011, os idosos -pessoas com mais de 60 anos- somavam 23,5 milhões dos brasileiros, mais que o dobro em 1991. A enfermagem, ao criar programas para ações de cuidar, deve estar atenta aos aspectos do envelhecimento, como alterações na aparência física; a dificuldade na locomoção; a fragilidade dos ossos; a diminuição da força muscular, entre outros. Mesmo que não haja condições adequadas de trabalho na prática da enfermagem, o compromisso é de nunca colocar a vida do outro em risco. OBJETIVO: Analisar as publicações relacionadas à conduta dos profissionais de enfermagem frente aos cuidados prestados aos idosos. METODOLOGIA: Estudo descritivo a partir de pesquisa bibliográfica realizada de junho a julho de 2013 em livro e artigos científicos publicados de 2005 a 2012 nos bancos de dados SciELO e LILACS. RESULTADOS: As 8 publicações analisadas sugerem que a qualidade dos cuidados de enfermagem ao idoso tende a ser comprometida por duas razões: os enfermeiros prestam cuidados de forma mais apressada, devido à falta de tempo e recursos humanos e centram-se nos cuidados técnicos e na execução de rotinas, evitando cuidados mais expressivos. Observa-se que as pessoas idosas necessitam de mais cuidados e tempo porque tendem a estar mais doentes e ser dependentes e/ou lentos na realização de atividades funcionais. As pesquisas sugerem que a prática de enfermagem pode ser repensada: i) a nível de gestão, considerando as necessidades na população idosa; ii) a nível da prática dos enfermeiros, que terão de reforçar os cuidados expressivos, associando-os as cuidados mais técnicos; iii) atendendo às necessidades das famílias que precisam de apoio e orientações para retornarem à casa com o familiar idoso e prestar os cuidados adequados. CONCLUSÃO: Com a crescente procura dos serviços de saúde pelos idosos, torna-se necessário que o cuidar em enfermagem vá além da conferência e administração de medicamentos, implicando na mudança do modelo biomédico de classificação de doença e saúde para o modelo de cuidar humanístico. Deve-se investigar os agravantes de bem-estar no idoso e assim incorporar novos conhecimentos à prática de enfermagem.