INTRODUÇÃO Abuso sexual é qualquer tentativas ou realização de um ato sexual, comentários ou insinuações sexuais não desejados, atos de tráfico ou dirigidos contra a sexualidade de uma pessoa usando coerção, por qualquer pessoa, independente de sua relação com a vítima, em qualquer contexto, porém não limitado à penetração da vulva ou ânus com o pênis, outra parte do corpo ou objeto.As crianças estão incluídas entre os grupos humanos mais vulneráveis a estes eventos violentos e muitas vezes estas situações ocorrem no contexto familiar, caracterizando-se como um problema de grande relevância social e científica.É imprescindível que os profissionais de enfermagem estejam preparados, tanto na perspectiva do trabalho instrumental como no conhecimento do perfil das vítimas deste tipo de violência, para uma abordagem adequada desta criança e de sua família. OBJETIVOS Identificar o perfil social das crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual, a partir da análise da produção científica da enfermagem nacional e internacional acerca desta temática. METODOLOGIA Estudo do tipo revisão integrativa, nas bases de dados Lilacs e Scielo, totalizando dez artigos, entre os anos de 2008 á 2013, tendo como critérios de inclusão aqueles em língua portuguesa e inglesa, sendo utilizados os que estavam disponíveis na integra e os que apontavam a atenção de enfermagem à criança vítima de abuso sexual. RESULTADOS Observou-se que a faixa etária mais acometida foi entre 0 à 14 anos, o sexo prevalente foi o feminino, sendo o pai, na maioria das vezes, o principal agressor, ou então alguém muito próximo. A literatura considera todos os turnos e pessoas desempregadas como fatores de risco. Depoimentos de profissionais, principalmente enfermeiros, relatam dificuldades para abordar a criança vítima de violência sexual. CONCLUSÃO Conclui-se que a violência sexual tem uma repercussão, tanto no cenário familiar como no ambiente onde estas crianças e adolescentes procuram por auxílio. Os artigos apresenta nível forte, de evidências apresentando abordagem quantitativa, possibilitando a identificação de fatores considerados de risco. A enfermagem deve contribuir de forma que sua abordagem possa ser acolhedora, contribuindo para amenizar as futuras consequências tanto para criança quanto a família, sendo a enfermagem responsável pela detecção precoce, seja no âmbito da atenção primária ou no atendimento hospitalar.