Anais - 16º CBCENF
Resumo
Título:
FATORES DE RISCO ASSOCIADOS À VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
Relatoria:
EVELLYN RODRIGUES CORDEIRO
Autores:
- Franciéle Marabotti Costa Leite
- Denise Silveira de Castro
Modalidade:
Pôster
Área:
Cidadania, alienação e controle social
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A violência contra a mulher traz em seu seio estreita relação com as categorias de gênero, classe, raça/etnia e suas relações de poder, sendo a categoria de gênero mais explícita e preocupante, pois acontece em praticamente todos os países com os mais diversos regimes políticos e econômicos, e envolve a desigualdade entre os sexos. Objetivo: Identificar os fatores de risco associados à violência perpetrada contra a mulher. Metodologia: Trata-se de um estudo do tipo revisão integrativa, que é divida em seis etapas, a primeira a identificação do tema, seguida da busca nas bases de dados, que nesse estudo foram as seguintes: Scielo e Lilacs. Na terceira etapa foram extraídas as informações dos estudos selecionados, em seguida, foi realizada a análise dos dados e interpretação dos resultados. Na sexta etapa foi elaborada a conclusão do estudo. Resultados: Foram selecionados sete estudos científicos que apontaram os seguintes fatores de risco para vivência da violência: mulheres com baixa escolaridade tem maior risco de sofrer violência, ter história de abuso sexual na infância, antecedentes familiares de violência tanto pela mulher quanto pelo agressor, ser portadora de algum transtorno mental ou fazer uso de antidepressivos e/ ou ansiolítico. Destacam-se ainda como outros fatores mulher com início precoce da vida sexual, histórias de DST, situação conjugal separada ou divorciada, uso de drogas tanto pelo parceiro quanto pela mulher agredida e o uso abusivo de álcool pelo agressor. Vale referir que o álcool é citado em diversos estudos com um dos principais fatores de risco tanto para ser vítima quanto para ser o perpetrador do ato violento. Em todos os estudos, os autores apontam o parceiro íntimo como o principal agressor. Conclusão: Os resultados permitem identificar os diferentes fatores de risco para vivência da violência, entretanto este fenômeno é complexo e multifacetado o que não restringe que outros grupos também vivenciem esse tipo de violência. Esses achados apontam para a importância de uma sensibilização e habilidade para detectar fatores de risco e sinais de violência contra a mulher, bem como articulações de diferentes setores para a prevenção da violência e promoção da saúde, sendo estas dimensões inerentes à prática dos profissionais desta área.