Introdução: O suicídio é visto atualmente como um transtorno psicossocial de diversas causas estando diretamente associado a fatores biopsicossociais. Por se tratar de um fenômeno presente em diferentes classes sociais, suas representações armazenadas no imaginário da sociedade, principalmente entre os profissionais de enfermagem, permitem a atribuição de significados que divergem entre si. Objetivo: O presente estudo visa identificar a assistência da enfermagem ao paciente e família envolvidos no contexto do suicídio. Metodologia: Foi realizado um levantamento bibliográfico nas bases de dados Lilacs e Medline utilizando os descritores, em português, Suicídio e Enfermagem. O critério para inclusão dos artigos foi idioma em português. Dos 20 (vinte) artigos encontrados, 2 (dois) foram incluídos. Resultados: A partir da leitura dos artigos, pode-se observar que o estigma com indivíduos que tentaram suicídio ainda prevalece no imaginário dos profissionais de enfermagem, tomando-os como pessoas fracassadas que não valorizam a própria vida, influenciando no estabelecimento de vínculos interpessoais com estes. A falta de informação e preparo desses profissionais para lidar com essa temática tem perpetuado uma abordagem inadequada no tratamento dos indivíduos. Por outro lado, no que diz respeito à família, percebe-se que há uma limitação em recolher informações referentes à tentativa de suicídio, não oferecendo assistência humanizada, visto que estas pessoas também encontram-se fragilizadas. Conclusão: Portanto, percebe-se a importância da notificação das ocorrências e do desenvolvimento de estratégias que visem aprimorar a assistência a esses indivíduos, desconstruindo conceitos preconcebidos relacionados ao suicídio, vendo-os a partir de sua totalidade, bem como políticas públicas voltadas para prevenção desse fenômeno. Os profissionais de enfermagem têm papel essencial nessa abordagem visto que estes podem oferecer apoio emocional, uma vez que, muitas vezes, são esses os que estão em contato direto com o paciente e a família no serviço de saúde. Ademais, é necessário atribuir a escuta como instrumento indispensável no planejamento efetivo do cuidado, envolvendo um trabalho multidisciplinar e, consequentemente, ajudando a minimizar a angústia e sofrimento presentes frequentemente nas famílias, contribuindo, dessa forma, para prevenção de outras possíveis tentativas.