INTRODUÇÃO: Os homens são mais vulneráveis às doenças, as enfermidades graves e crônicas e morrem mais precocemente do que as mulheres, entretanto a vulnerabilidade da saúde do homem tem sido pouco abordada e discutida em pesquisas e pelas políticas públicas de saúde, o que acaba por redundar numa atenção precária dos serviços de saúde. OBJETIVOS: Avaliar as evidências disponíveis na literatura sobre as vulnerabilidades da saúde do homem e suas implicações para a gestão em saúde na atenção primária. Identificar as doenças e agravos que afetam ao homem, bem como, as novas maneiras de abordagem. METODOLOGIA: Trata-se de revisão integrativa da literatura utilizando-se como palavras-chave os termos Gestão em atenção básica da saúde; Saúde do homem; Vulnerabilidade. A amostra final constituiu-se de 19 artigos publicados em periódicos nacionais, entre 2009 a 2012, com o texto completo, na base de dados SCIELO. RESULTADOS: A população masculina é considerada negligente com os cuidados de saúde e esse fato é esclarecido pela baixa incidência masculina à procura pelos serviços de saúde e pela idealização cultural do homem como ser viril, forte e invulnerável determinando assim, uma dificuldade quanto à adoção de práticas de autocuidado. A hipertensão arterial, o diabetes mellitus e as doenças crônicas relevantes, associadas ao estilo de vida são preocupantes para a saúde pública devido à probabilidade de acometer a população masculina em alguma etapa de suas vidas, além da necessidade de se garantir acompanhamento sistemático e de ações referentes à promoção da saúde e à prevenção de doenças crônicas não transmissíveis, em meio aos problemas enfrentados pelo homem. É importante considerar que as principais causas que levam à internação masculina, compreendem as doenças do aparelho respiratório, doenças do aparelho circulatório, infecciosas, aparelho digestivo e lesões. CONCLUSAO: Os estudos comprovam à necessidade do desenvolvimento de uma assistência voltada para a promoção e prevenção da saúde do gênero masculino, já que as implicações para a gestão em saúde são diretas e de ampla repercussão no enfrentamento, tanto epidemiológico quanto no impacto econômico no custeio da assistência a saúde masculina.