A prática do aleitamento materno (AM) constitui-se um ato de amor em que a mãe oferece ao seu filho os principais nutrientes essenciais para o início de uma vida saudável desde a primeira semana até o sexto mês de vida. Como alimento exclusivo, o leite materno representa uma forma natural de alimentar a criança, propiciando crescimento e desenvolvimento adequados. Este estudo busca fazer um levantamento sobre a prática do aleitamento materno durante a 1ª semana de vida do recém- nascido, buscando particularmente os fatores que levam as puérperas a praticar ou não o aleitamento. Trata-se de uma revisão de literatura com enfoque nos métodos descritivos e exploratórios realizada nos meses de abril a junho de 2013 em periódicos indexados nas bases de dados da BVS: LILACS e SCIELO. Os descritores utilizados foram “aleitamento materno”, “promoção da saúde” e “desmame”. Para tanto, utilizou-se como critérios de inclusão artigos publicados em português que retratassem a temática em questão, indexados nas bases entres os anos de 2006 a 2012. Após constatar a existência destes critérios, passou-se à leitura na íntegra buscando nestas publicações os fatores que interfere a prática do AM. Atenderam a estes critérios 35 artigos. Verificou-se que a prática do AM é prejudicada devida a baixa escolaridade das mães e por estas não possuir informações suficientes sobre as vantagens do leite materno. O uso da chupeta, de bicos, de água e chás no intervalo das mamadas, a propaganda dos leites industrializados, o incentivo das mulheres-avós no uso de outros alimentos, o despreparo dos profissionais de saúde e a sua fraca atuação nos serviços de saúde são de grande relevância para que a prática do AM seja reduzida. Em contraposição a presença do companheiro e o treinamento das equipes de saúde da família contribuem de forma significativa para a permanência e continuidade desta prática, conforme a proposta da Iniciativa Unidade Básica Amiga da Amamentação (IUBAAM). Tal estratégia mostrou-se efetiva e de baixo custo garantindo uma oportunidade valiosa para atuação dos profissionais na promoção da saúde, prevenção e solução de problemas que podem levar ao desmame precoce. A prática do AM tem prevalência ainda reduzida em todo mundo, constatando-se que é necessário que os profissionais de saúde reconheçam os fatores associados ao desmame precoce a fim de buscar novas abordagens a serem pensadas e valorizadas, bem como a realização de campanhas na promoção, proteção e apoio ao AM.