A proposta da clínica ampliada é lidar com a subjetividade da pessoa em sofrimento psíquico. Ultrapassa o olhar do modelo saúde-doença pautado na doença e na fragmentação do cuidado. Nesse processo de clínica em estudo o sujeito que estar sendo acompanhado é protagonista e autônomo no seu tratamento. Objetivou-se compreender a clínica ampliada como um recurso da enfermagem na atenção psicossocial. Estudo de revisão bibliográfica, com caráter qualitativo, realizado de maio a junho de 2013, por meio de consultas de artigos indexados na base de dados SCIELO. Utilizou-se os critérios de inclusão: trabalhos que abordassem a temática do estudo, disponíveis na íntegra, de forma gratuita, periódicos como veículos de publicação com limite de tempo entre 2004-2012; idioma de publicação em português. Foram encontradas 10 publicações da qual se avaliaram seletivamente seus objetivos, onde se identificaram 03 artigos que obedeciam aos critérios de inclusão para esta pesquisa. Observou-se que o processo de trabalho do enfermeiro vem sofrendo mudanças no conjunto das práticas do setor saúde, pois o modelo de cuidado centrado no procedimento que ainda prevalece na enfermagem começa a ser repensado e a clínica ampliada emerge como uma ferramenta para que os processos de trabalho em saúde se voltem para a produção do cuidado focado nos usuários, numa prática que inclui além da doença, o sujeito, seu contexto e o coletivo. Conclui-se que é um desafio para os profissionais de enfermagem pautarem suas práticas nessa ótica ampliada, pois existem resistências por parte de alguns enfermeiros em colocar em prática esse novo olhar que busca a clínica do sujeito.