A pessoa com insuficiência renal crônica (IRC) apresenta uma perda lenta, progressiva e irreversível do funcionamento renal, o que afeta a qualidade de vida e o leva a procurar um serviço hospitalar de hemodiálise. A acessibilidade à terapia substitutiva é necessária para a sobrevivência, o aumento da esperança e da expectativa de vida do usuário do SUS e constitui uma prática assistencial que guarda estreita relação com a qualidade na prestação dos cuidados, das condições estruturais e do suporte socioemocional proporcionados na unidade de tratamento hemodialítico. Objetivou-se, nesse estudo, investigar a importância da acessibilidade ao serviço de hemodiálise credenciado ao Sistema Único de Saúde. Trata-se de uma pesquisa descritivo-exploratória, com abordagem qualitativa através da revisão de literatura obtida através de bases de dados da BVS: LILACS e SCIELO. Os descritores utilizados foram: acesso aos serviços de saúde, hemodiálise e unidades hospitalares de hemodiálise, no período compreendido entre abril a maio de 2013. Para tanto, utilizou-se como critérios de inclusão de quinze artigos nacionais, redigidos em português, e na íntegra que demonstrassem a temática em questão e artigos publicados e indexados nas bases de dados entre os anos de 2007 a 2012. Para a realização da analise e discussão dos dados, adotou-se uma abordagem por eixos temáticos. Observou-se uma evolução em relação à acessibilidade da pessoa com IRC ao serviço de hemodiálise tornando-se como uma condição para início e a manutenção do tratamento. As dificuldades para os usuários são: o tempo de deslocamento, distância entre a sua residência e o serviço, horários previstos de atendimento e a qualidade da assistência prestada. Verificou-se que orientações, consultas periódicas e intervenções da equipe multidisciplinar tem o objetivo de controlar as complicações da doença e do tratamento, através de métodos terapêuticos, medicamentosos, nutricionais e dialíticos. A pessoa com IRC tem o direito ao tratamento e ao serviço de saúde em unidades hospitalares de hemodiálise, bem como, a acessibilidade à informação, aos equipamentos adequados e seguros capazes de remover os resíduos de degradação do metabolismo corporal, favorecendo a inclusão e adesão do usuário e da família ao tratamento.