Anais - 16º CBCENF
Resumo
Título:
CARACTETÍSTICAS SOCIOECONÔMICAS DE MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA, SERRA/ESPÍRITO SANTO
Relatoria:
FRANCIELE MARABOTTI COSTA LEITE
Autores:
- LARISSA REGINA BRAVIM
- ELIANE DE FÁTIMA DE ALMEIDA LIMA
- CÂNDIDA CANIÇALI PRIMO
Modalidade:
Pôster
Área:
Cidadania, alienação e controle social
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A violência contra a mulher foi considerada pela Comissão Interamericana para prevenir, punir e erradicar a Violência contra a Mulher como “todo ato baseado no gênero que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher tanto na esfera pública como privada”. Estima-se que a violência praticada contra mulheres seja responsável por mais mortes que o câncer, a malária, os acidentes de trânsito e as guerras. Objetivo: Caracterizar as mulheres vítimas de violências no que se refere aos aspectos socioeconômicos. Metodologia: O estudo foi do tipo descritivo, transversal, com abordagem quantitativa, realizado na Central de Apoio Multidisciplinar de Serra, localizada no Fórum Dr. João Manoel Carvalho. A amostra do estudo foi constituída por 34 mulheres, maiores de 18 anos, vítimas de violência pelo parceiro íntimo que foram atendidas na Central de Apoio Multidisciplinar de Serra. Os dados da pesquisa foram obtidos por meio de entrevista individualizada com registro em formulário. As mulheres foram informadas quanto aos objetivos do mesmo, por meio da leitura e assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE). Os dados foram analisados por meio do programa estatístico STATA. Resultados: A média de idade das mulheres foi de 38 anos. Mais da metade das entrevistadas (55,88%) declararam ser da raça/cor parda. Quanto à escolaridade, observou-se que a maioria, (47,06%), apresentaram ensino médio completo. Nota-se que 67,65% têm algum tipo de ocupação, e a renda familiar é de 1 a 3 salários mínimos (70,59%). No que se refere ao estado civil atual das entrevistadas 35,29% relatam ser separadas/divorciadas. Quando questionadas se já haviam se separado antes, 61,76% relataram não ter passado por essa experiência. 55,88% das participantes confirmaram ter descoberto ou suspeitado de traição por parte do parceiro e 47,06% relataram que o companheiro já descobriu ou suspeitou de traição por sua parte. De todas as mulheres entrevistadas, 44,12%, afirmaram que seu companheiro já teve filhos com outra mulher. Conclusão: o estudo permitiu identificar que a maioria das mulheres vítimas de violências é jovem e possui baixo nível socioeconômico, semelhante ao evidenciado em outras pesquisas. Esses achados contribuem para o reconhecimento da população mais vulnerável à vivência da violência e dessa forma, possibilita à equipe interdisciplinar elencar estratégias de intervenção acerca deste fenômeno.