Dentre as principais causas de internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) encontram-se os traumatismos cranioencefálicos (TCE). O paciente crítico vítima de TCE apresenta grande comprometimento ou desequilíbrio na sua função neurológica, necessitando de atenção elevada e capacitação da equipe multiprofissional que o acompanha para a realização de condutas e ações adequadas. O TCE é a principal causa de morte ou sequelas entre adultos jovens, caracterizando-se assim como um grave problema de saúde pública, visto que eles representam a grande parcela da população economicamente ativa. Um atendimento rápido e eficiente a esses indivíduos diminui os riscos inerentes a este tipo de trauma, tornando-se de extrema importância uma assistência adequada. A assistência de enfermagem ao paciente com TCE objetiva aliviar a dor e o sofrimento, promovendo, mantendo e recuperando a sua saúde até quando for possível. O presente estudo tem como objetivo geral relatar a importância da assistência de enfermagem na monitorização neurológica de paciente vítima de TCE e, como objetivos específicos, descrever o conceito, as manifestações clínicas, a classificação e os aspectos epidemiológicos do TCE, e analisar os tipos de monitorização neurológica do paciente com este tipo de trauma. Este trabalho baseia-se em revisão bibliográfica, na qual foi fundamentada em livros, revistas, jornais e artigos científicos disponibilizados na Internet. Constatou-se que o TCE é considerado uma epidemia no mundo inteiro, e que as vítimas desse trauma necessitam de uma monitorização neurológica intensiva desde o primeiro momento do acolhimento. Nesse quesito, a enfermagem tem um papel importantíssimo, pois acima de tudo é dever dela cuidar do indivíduo e de sua família, de maneira integral e holística, promovendo o conforto, a recuperação e sua reabilitação diante dessa situação tão agravante. Os resultados da presente pesquisa demonstram que apesar dos avanços na medicina e na tecnologia voltados para resolver os problemas causados pelo TCE, este ainda se constitui um desafio. Acredita-se que os custos elevadíssimos dos aparelhos utilizados para monitorar o paciente com TCE tornam-se barreiras para o diagnóstico e tratamento precoces desse paciente, além da falta de treinamento e inexperiência da equipe multiprofissional com esses dispositivos, podendo levar a uma interpretação errônea dos resultados apresentados, o que limita o seu uso.