Crises epilépticas podem ser definidas como eventos clínicos decorrentes de disfunção temporária do cérebro, decorrentes de processos fisiológicos e patológicos. Tal disfunção pode ser considerada evento estressante e traumatizante, uma vez que desencadeia desajuste psicossocial à criança e sua família. Quanto à prevalência da epilepsia em crianças,destaca-se que esta apresenta ocorrência nítida, uma vez que o sistema nervoso ainda apresenta-se imaturo, o que o torna mais susceptível a infecções acompanhadas de hipertermia e distúrbios hidroeletrolíticos. Destaca-se que a crise convulsiva apresenta manifestações em diferentes graus e intensidades segundo a faixa etária, podendo resultar ainda em sequelas permanentes, como a sérios comprometimentos neurológicos, interferindo diretamente no desenvolvimento neuropsicomotor. Este estudo objetivou acompanhar um caso clínico de uma criança com mal epiléptico através da análise da história clínica antecedente e atual;e através deste elaborar um plano de assistência de enfermagem específico às necessidades vigentes. É um estudo do tipo descritivo exploratório, correspondendo a uma análise detalhada da história clínica da paciente em situações da prática assistencial, tendo como método de estudo específico a pesquisa de campo. Através desse estudo foi possível determinar o processo de enfermagem como uma abordagem de resolução de problemas deliberada para atender as necessidades humanas básicas afetadas devido à patologia.Trata-se de um estudo de caso baseado na coleta de dados do prontuário da criança, em entrevistas com os familiares e na realização do processo de enfermagem durante a internação da mesma em um hospital municipal, localizado em Teresina/PI. Com base na taxonomia NANDA, destacam-se como diagnósticos de Enfermagem: (1) Convulsão relacionada a afecções neurológicas; (2) Hemiparesia relacionada a dor, força muscular insuficiente e medo de cair e (3) Dor aguda. Os cuidados de enfermagem baseiam-se essencialmente no ensino ao autocuidado, com ênfase na adaptação, medidas profiláticas para prevenção de complicações e manutenção do regime terapêutico medicamentoso. Ressalta-se que o enfermeiro, desde o estabelecimento dos diagnósticos de enfermagem, exerce um importante papel para a aderência do paciente às alternativas de tratamento adequadas e adaptadas às condições de cada indivíduo.